Município de Jaú | |||||
""Capital do Calçado Feminino" "Capital da Terra Roxa"" |
|||||
|
|||||
Hino | |||||
Aniversário | 15 de agosto | ||||
---|---|---|---|---|---|
Fundação | 1853 (156–157 anos) | ||||
Gentílico | jauense | ||||
Lema | IBICÁ RE IG |
||||
Prefeito(a) | Osvaldo Franceschi Junior (PV) (2009 – 2012) |
||||
Localização | |||||
|
|||||
Unidade federativa | São Paulo | ||||
Mesorregião | Bauru IBGE/2008 | ||||
Microrregião | Jaú IBGE/2008 | ||||
Região metropolitana | |||||
Municípios limítrofes | Bocaina, Dourado, Dois Córregos, Pederneiras, Itapuí, Bariri, Barra Bonita, Mineiros do Tietê e Macatuba | ||||
Distância até a capital | 296 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 688,337 km² | ||||
População | 135.546 hab. est. IBGE/2009 | ||||
Densidade | 182,2 hab./km² | ||||
Altitude | 541 m | ||||
Clima | tropical Aw | ||||
Fuso horário | UTC-3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,819 elevado PNUD/2000 | ||||
PIB | R$ 1.181.749 mil IBGE/2005 | ||||
PIB per capita | R$ 9.579,00 IBGE/2005 |
Jaú é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se à latitude 22º17'44" sul e à longitude 48º33'28" oeste, estando a 541 metros de altitude. Sua população é estimada em 135.546 habitantes. O município é um importante pólo regional de desenvolvimento industrial e agrícola, destacando-se pela grande quantidade de fábricas de sapatos femininos, sendo conhecida como a capital do calçado feminino. Jaú destaca-se também pela qualidade de vida proporcionada aos seus habitantes.
Índice |
Os bandeirantes que seguiam pelo rio Tietê, pescavam um peixe chamado Jaú, na foz de um ribeirão. O local, desde então, ficou conhecido como Barra do Ribeirão do Jaú. Motivados pela excelente qualidade da terra roxa, abundante na região, os primeiros habitantes oriundos de Itú, Porto Feliz, Capivari e do sul de Minas Gerais, aí se fixaram com suas famílias.
A fundação data de 15 de agosto de 1853, quando alguns moradores da região decidiram organizar uma comissão composta pelos cidadãos Bento Manoel de Moraes Navarro (irmão do Barão de Cabo Verde - Luís Antônio de Morais Navarro), capitão José Ribeiro de Camargo, tenente Manoel Joaquim Lopes e Francisco Gomes Botão para tratar da fundação do povoado. Por proposta de Bento Manoel de Moraes Navarro o povoado foi fundado sob a égide de Nossa Senhora do Patrocínio, tendo, inclusive, Bento Manoel mandado entalhar em Itu a imagem da referida santa, ofertando-a á sociedade local.
Depois de vários estudos, ficou decidido em uma reunião realizada na residência de Lúcio de Arruda Leme (localizada onde hoje se encontram as ruas Edgard Ferraz e Amaral Gurgel) que seria erguido um povoado na área de 40 alqueires, doados em partes iguais por Francisco Gomes Botão e tenente Manoel Joaquim Lopes. Estas terras eram aquelas compreendidas entre a margem esquerda do rio Jaú e a do Córrego da Figueira. Em 8 de abril de 1857, a lei nº 25 incorporou os Bairros de Tietê, Curralinho e Jacareí. A lei nº 11 de 24 de março de 1859 elevou a capela do Jaú no município de Brotas, à freguesia, a qual por sua vez foi elevada à vila pela lei nº 60 de 23 de abril de 1866 e em 15 de abril de 1868 é criado o Termo de Jaú, sedo o seu primeiro Juiz Municipal Antonio Ferreira Dias e primeiro delegado de polícia, o tenente Antônio Manoel de Moraes Navarro - filho de Bento Manoel de Moraes Navarro.
É elevado à município com a lei nº 6 de 6 de fevereiro de 1889.
O fato de o município estar situado em uma região de terra roxa, que possui uma alta fertilidade, contribuiu para que Jaú se tornasse um dos principais centros produtores de café do Estado de São Paulo e do país.
Por volta de 1870 a cultura cafeeira no município de Jaú solidificou-se, proporcionando o surgimento de uma elite de ricos fazendeiros. Com a chegada da "Companhia Estrada de Ferro do Rio Claro" (The Rio Claro Railway), em 1887, o escoamento da produção foi facilitada e as exportações cresceram vertiginosamente. De acordo com o relatório estatístico da mencionada companhia, “Jahu foi o município que liderou os embarques de café, para o Porto de Santos, no litoral paulista, desde 1895, gerando para a companhia ferroviária maior receita de carga, dentre os principais municípios produtores” (SANTOS, FELTRIN, 1990, p. 11). Em 1907 segundo dados da "Companhia Paulista de Estradas de Ferro" o município de Jaú, o mais rico e maior produtor de café da Zona da Paulista, ocupava o primeiro lugar nas estações da Companhia, tornando-se o centro produtor que mais exportava café em todo o mundo.
Com essa rápida evolução econômica a população aumentou e em 1900, a população totalizava cerca de 36.000 habitantes, com um aumento de 7,5%, tornando-se o oitavo município mais populoso do Estado de São Paulo, e a quinta maior comarca.
A riqueza obtida pela produção do café fez com que Jaú se tornasse um dos mais ricos municípios de todo o Estado, sendo importante ressaltar que naquela época Jaú, Ribeirão Preto e Campinas eram os únicos municípios do interior paulista a ter o privilégio de possuir calçamento urbano. Em 28 de setembro de 1901 deu-se a inauguração da "Companhia de Força e Luz do Jahú", sendo o quarto município do país a ter o benefício da luz elétrica.
Outros fatos interessantes que demonstram a riqueza vivida pelos fazendeiros na época era a importação de mão-de-obra especializada para a construção de grandes palacetes e que no ano de 1922 o número médio de chamadas por aparelho telefônico em Jaú superava as centrais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O grande desenvolvimento econômico proporcionado pelo café, fez com que o município de Jaú ganhasse o título de “Capital da Terra Roxa”. Na época, os antigos fazendeiros queriam evidenciar a tamanha prosperidade do município de alguma forma e para isso, começaram a realizar construções suntuosas, que hoje formam o patrimônio arquitetônico do município:[...] o café mudaria para sempre também a paisagem urbana, dotando o município de toda a beleza arquitetônica que mistura vários estilos e que identifica de maneira original nosso meio ambiente urbano. Realmente foi graças ao glorioso período cafeeiro que Jahu acumulou um expressivo patrimônio arquitetônico. Naquela época foram construídos os edifícios mais importantes do município.(LEVORATO, 2003, p. 80).
Na década de 1929, com a crise econômica e a depressão mundial, o império cafeeiro perde rapidamente seu esplendor e glória. Os preços se aviltam e os fazendeiros, rapidamente, vão abandonando a cultura que lhes rendeu por tanto tempo, prestígio e riqueza.(CLARO, 1998, p. 26).
Referências:
Sextavada, sendo os quartéis de tralha e da ponta nas cores alternadas de vermelho e branco e os das laterais de azul, constituídos por seis faixas amarelas, disposta duas a duas no sentido horizontal, em banda e em barra e que partem de um círculo amarelo central onde o Brasão do município é aplicado, com a simbologia das cores, a saber:
O escudo de armas de Jaú foi instituído pela lei municipal nº 77, de 13 de maio de 1949, resultante do projeto de lei do vereador Benedito de Assis. Foi sancionado pelo prefeito Osório Ribeiro de Barros Neves.
É autor do brasão Roberto Thut sob orientação do arquiteto Fernando Martins Gomes. Thut assim o descreve: "O escudo português é o que melhor convém aos brasões de municípios brasileiros, dada a formação étnica de nosso povo. Como elementos do escudo temos primeiramente o rio e o peixe Jaú, como símbolo toponímico, constituindo assim figuras heráldicas parlantes do nome do município. Em seguida, a águia que evoca o feito memorável da travessia do Atlântico por João Ribeiro de Barros, sendo a hélice, com a legenda "Jahu", alusão ao avião com que aquele aviador jauense realizou a grande façanha(...)
O escudete da torre central da coroa mural evoca Nossa Senhora do Patrocínio, padroeira do município, pois o campo de arminhos (símbolo da pureza) mantelado de azul (cor do céu, reino da padroeira) lembra o manto protetor de Nossa Senhora sobre o município. Desta forma, este símbolo relembra a índole cristã e católica do povo jauense, cuja crença religiosa ficará fixada no brasão de sua terra (este símbolo não existe mais no Brasão jauense).
Os dois suportes representam as antigas matas virgens (perobeiras), existentes antes da fundação de Jaú, que se transformaram em ricos cafezais (cafeeiros).
Através das construções pode-se ver a memória, a importância e a história do município. Apresenta mais de 400 prédios históricos edificados durante os áureos anos do café. Essas belas edificações centenárias encontram-se distribuídas principalmente pelo centro da cidade. A que mais impressiona é a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio, sendo a quarta edificação da igreja, o atual prédio, vazado no estilo neogótico alemão e inaugurado em 1901 possui grandes dimensões e uma beleza inigualável. O templo é decorado internamente por diversas pinturas e possui vitrais e um órgão importados da Alemanha, telhas importadas da França, piso hidráulico, um carrilhão de belos cinco sinos, além de inúmeras obras de arte em madeira e mármore.
A antiga estação ferroviária encontra-se restaurada sendo a última de três, já que as outras estações infelizmente foram demolidas. Merecem destaque também: O primeiro grupo escolar de Jaú " Pádua Salles" sendo Euclides da Cunha o responsável pelo projeto; O Mercado Municipal; O edifício da atual Delegacia Regional de Ensino; O prédio da Delegacia Seccional de Jaú; A sede do Jahu Clube, projetada por Ramos de Azevedo; O grupo escolar "Major Prado"; As partes antigas dos hospitais Amaral Carvalho e Santa Casa de Misericórdia e os edifícios dos extintos bancos "Francês-Italiano" e "Melhoramentos do Jahú".
A arquitetura moderna também se faz presente em Jaú, representada principalmente pela estação Rodoviária e pelo Paço Municipal, sendo que o projeto da primeira foi de autoria do renomado arquiteto Vilanova Artigas e o da segunda de seu sócio Carlos Cascaldi.
Possui uma área de 688,337 km².
Dados do Censo - 2000
Cor/Raça | Percentagem |
---|---|
Branca | 91,1% |
Negra | 2,2% |
Parda | 5,7% |
Amarela | 0,4% |
Fonte: Censo 2000
População total: 112.042
Densidade demográfica (hab./km²): 156,00
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 11,50
Expectativa de vida (anos): 73,74
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,21
Taxa de alfabetização: 92,58%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,819
(Fonte: IPEADATA)
Principais atividades econômicas:
Jaú possui uma unidade da Universidade de São Paulo (USP). Quatro cursos de graduação e dois cursos de pós-graduação serão implantados. Jaú sediará o Pólo de Aplicação e Desenvolvimento de Tecnologia da Água, Energia e Biomassa e o Centro de Ensino e Treinamento de Água e Energia. Os cursos de graduação serão: Engenharia da Energia e Administração em Agronegócios, atuação do Centro Internacional da Agroenergia e a Nova Área de Concentração em Água e Energia. A pós-graduação abrangerá os cursos de agroenergia com área de concentração em biomassa, bioenergia, energias renováveis, tecnologia aplicada e sustentabilidade. A vinda da Universidade ESALQ-USP para Jaú promove benefícios incalculáveis, pois torna o município como centro de referência e inteligência na área da bioenergia, acarretando a movimentação de professores especializados, cientistas e incrementando a atividade econômica do município com a possível vinda de estudantes de várias partes do Brasil e do mundo e assim impulsionar o desenvolvimento agrícola e acadêmico de Jaú.
Além da USP, a cidade conta com a Faculdade de Tecnologia do Jahu (FATEC). A FATEC tem implantados onze cursos superiores de tecnologia: Construção e Manutenção de Sistemas de Navegação Fluvial, Gestão da Produção de Calçados, Informática, Operação e Administração de Sistemas de Navegação Fluvial, Construção Naval, Gestão da Produção Industrial, Gestão da Tecnologia da Informação, Logística, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sistemas de Navegação e Sistemas para a Internet.
Também há a Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação de professores para a Educação Básica. Para atingir esse objetivo central, a UAB realiza ampla articulação entre instituições públicas de ensino superior, estados e municípios brasileiros para promover, através da metodologia da educação à distância, acesso ao ensino superior. Em parceria com a Prefeitura de Jaú, por meio da Secretaria Municipal de Educação, o polo da UAB-Jaú funciona desde 2009 com cursos de graduação com a parceria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Há as Faculdades Integradas de Jaú, que são parte da Fundação Educacional "Doutor Raul Bauab".
O município também possui a Universidade Corporativa Amaral Carvalho (UCAC) é uma entidade criada para proporcionar o desenvolvimento do capital intelectual e humano da Fundação Amaral Carvalho em habilidades técnicas e conceituais.A entidade possui convênios de Cooperação Técnico-Científica com diversas universidades como UNESP, USP, Universidade Federal de São Carlos e Unicamp e aguarda a homologação da certificação como Hospital de Ensino. A homologação deve apontar a Fundação Amaral Carvalho como Centro de Referência em Oncologia, o nível máximo na hierarquia técnica da área.
Funciona em Jaú a UNIESP (antiga Faculdade Jauense) Há também diversos cursos à distância oferecidos por outras instituições.
No município há também grande número de cursos técnicos e profissionalizantes, sendo referência nessa área. As principais escolas são o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI),o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC),o IBEM (Instituto Bezerra de Menezes),o IEP,a ETEC Joaquim Ferreira do Amaral (Escola Industrial - administrada pelo Centro Paula Souza e governo do estado) e a ETE "Prof. Urias Ferreira" (Colégio Agrícola - também administrado pelo Centro Paula Souza e governo do estado).
O município é sede do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú, também conhecido como "O Galo da Comarca". O XV é considerado uma das equipes mais tradicionais do futebol do interior paulista. Seu estádio é o "Zezinho Magalhães" (Jauzão), com capacidade para abrigar, comodamente, 20 mil espectadores. O clube já participou da série A-1 do Campeonato Paulista em 1951, em 1976 e em 1995, mas atualmente disputa a Série A3 (Terceira Divisão) do torneio. As cores que utiliza são o verde e o amarelo.
O município conta com excelentes instituições na área da saúde com destaque para o Hospital Amaral Carvalho, referência nacional em oncologia e considerado o melhor hospital nessa área no Estado de São Paulo. Atuam também em Jaú a Santa Casa de Misericórdia, a Associação Hospitalar Thereza Perlati, o Hospital São Judas Tadeu e o Hospital da Unimed. Jaú também merece destaque pela quantidade de clínicas médicas.
O município pertence à Diocese de São Carlos. É sede da região episcopal 04 e possui as seguintes paróquias:
(Regiões Episcopais da Diocese a partir de fevereiro de 2009: Região Episcopal 01 - São Carlos/ Região Episcopal 02 - Araraquara/ Região Episcopal 03 - Matão/Ibitinga/ Região Episcopal 04 - Jaú/ Região Episcopal 05 - Brotas)
|
|
|
|
Nós usamos cookies necessários para fazer o nosso site e sua navegação funcionarem. Também gostaríamos de coletar cookies de análise de desempenho e outros que nos ajudem a fazer melhorias medindo como você usa o nosso site. Política de Cookies.
Você pode aceitar todos os cookies clicando em “Aceitar todos” ou rejeitar os que não são necessários clicando em “Rejeitar cookies não necessários”.
Para visualizar e alterar suas preferências, clique em Definições de cookies.