Município de Petrópolis | |||||
|
|||||
Hino | |||||
Aniversário | 16 de março | ||||
---|---|---|---|---|---|
Fundação | 16 de março de 1843 (167 anos) | ||||
Gentílico | petropolitano | ||||
Lema | "Altiora Semper Petens" (Latim: "Buscando sempre o mais elevado") |
||||
Prefeito(a) | Paulo Mustrangi (PT) (2009 – 2012) |
||||
Localização | |||||
|
|||||
Unidade federativa | Rio de Janeiro | ||||
Mesorregião | Metropolitana do Rio de Janeiro IBGE/2008 | ||||
Microrregião | Serrana IBGE/2008 | ||||
Região metropolitana | |||||
Municípios limítrofes | Areal, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis | ||||
Distância até a capital | 68 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 774,606 km² | ||||
População | 312.766 hab. est. IBGE/2008 | ||||
Densidade | 395,9 hab./km² | ||||
Altitude | 838 m | ||||
Clima | Tropical de altitude Cwb | ||||
Fuso horário | UTC-3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,804 (RJ: 7º) – elevado PNUD/2000 | ||||
PIB | R$ 3.126.961 mil (BR: 93º) – IBGE/2005 | ||||
PIB per capita | R$ 10.219,00 IBGE/2005 |
Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774,606 km², contando com uma população de 312.766 habitantes (2008), segundo o IBGE.
O clima ameno, as construções históricas e a abundante vegetação são grandes atrativos turísticos. Além disso, a cidade possui um movimentado comércio e serviços, além de produção agropecuária (com destaque para a fruticultura) e industrial. Fundada por iniciativa de Dom Pedro II, é constantemente chamada de Cidade Imperial.
Petrópolis é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Índice |
Ao começo da exploração pelos portugueses do que viria a ser o atual estado do Rio de Janeiro, algumas missões foram enviadas na direção das montanhas da Serra da Estrela. Naquele lugar, encontraram-se poucos índios dispersos, e o único recurso mineral apurado por ali foram algumas pedras de coloração esbranquiçada e consideradas sem valor.
Entre 1722 e 1725, o sargento-mor Bernardo Soares de Proença, proprietário de terras em Suruí, abriu uma variante que encurtava e facilitava o trajeto do Caminho Novo que tinha sido aberto alguns anos antes.
A história da cidade começa a configurar-se mais propriamente em 1822, quando Dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro, mais precisamente pelo Caminho do Proença ou Variante do Caminho Novo da Estrada Real, hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região. Tentou comprar as terras, porém sem sucesso. Por fim, adquiriu uma fazenda vizinha, a fazenda do Córrego Seco, que renomeou Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir o Palácio da Concórdia. Hoje, a propriedade corresponde, com alguns acréscimos, à área do primeiro distrito de Petrópolis.
Os planos do primeiro imperador não foram concluídos, mas Dom Pedro II continuou com os planos e em 1843 assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847. A partir de então, durante o verão, a cidade tornava-se a capital do Império com a mudança de toda a corte. Pedro II governou por 49 anos, e em pelo menos 40 verões permaneceu em Petrópolis, eventualmente por até cinco meses.
Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros. Entre 1894 a 1903 foi capital do Estado do Rio, em substituição a Niterói, devido à Revolta da Armada. Também neste período foi eleito Hermogênio Silva, o único vice-governador fluminense cuja base política era Petrópolis. O sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado seu primeiro prefeito em 1916.
A importância política da cidade perdurou por décadas, mesmo depois do fim do Império. Todos os presidentes da república, de Prudente de Morais a Costa e Silva, passaram pelo menos alguns dias na cidade imperial durante seus mandatos. O mais assíduo dentre eles foi Getúlio Vargas, cujas estadias, durante o Estado Novo, duravam até três meses.
Como consequência da transferência da capital do Brasil para Brasília, Petrópolis perdeu consideravelmente sua importância no contexto político do país.
Petrópolis é um notável exemplo dos esforços de imigração europeia para o Brasil no Segundo Reinado. Concebida pelo major Júlio Frederico Koeler, é tida como a segunda cidade projetada do Brasil (depois de Recife, projetada na época dos holandeses), composta de um núcleo urbano - a cidade (hoje o Centro), onde se concentravam o palácio imperial, prédios públicos, comércio e serviços. O Centro seria rodeado por "quarteirões imperiais", que receberam famílias de agricultores, principalmente alemãs, que hoje compõem bairros do primeiro distrito.
Outros estrangeiros, como açorianos e, posteriormente, italianos, viriam somar-se ao contingente de imigrantes, sobretudo para trabalhar nas indústrias de tecidos e comércio.
O pitoresco do projeto de Koeler foi o fato de batizar os quarteirões com nomes de cidades e acidentes geográficos das regiões (Rheinland-Westphalen) de onde vinham os colonos alemães: Kastelaum (Castelânea), Mosel (Mosela), Bingen, Nassau, Ingelheim, Woerstadt, Darmstadt e Rheinland (Renânia). As terras foram arrendadas para Koeler e, através dele, aos imigrantes, resultando em um sistema de foro e laudêmio (enfiteuse) pago aos herdeiros de Dom Pedro II até hoje.
A cidade possui um conjunto arquitetônico sem igual, do qual o símbolo mais conhecido é o palácio imperial, hoje Museu Imperial. O palácio é a principal construção do chamado "centro histórico", onde se destaca a Avenida Koeler, ladeada por casarões e palacetes do século XIX. A via é perpendicular à fachada da Catedral de São Pedro de Alcântara e, no outro sentido, à praça Ruy Barbosa e à fachada da Universidade Católica - constituindo-se, assim, em um dos mais belos cenários da cidade.
No chamado "centro histórico" encontram-se também construções curiosas como a casa de verão de Santos Dumont; o palácio de Cristal; a "Encantada"; o palácio Amarelo (Câmara de Vereadores); o palácio Rio Negro, fronteiriço à sede da prefeitura (palácio Sergio Fadel); e construções curiosas, como o "castelinho" do auto-denominado "duque de Belfort", na esquina da Koeler com a praça Ruy Barbosa; ou ainda a antiga casa da família Rocha Miranda, na Avenida Ipiranga - mesmo endereço de outra residência da mesma família, em estilo sessentista. Linhas modernas também estão presentes na casa de Lúcio Costa, no bairro de Samambaia.
Petrópolis foi palco de acontecimentos e episódios diversos da história do Brasil, como:
Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 845 metros de altitude média, sendo que a sede municipal está a 810 metros de altitude. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.
O clima da cidade é o tropical de altitude com verões úmidos e invernos secos. A média de julho é 15°C, sendo a máxima da temperatura média neste mês de 22°C e a mínima de 10°C. Em janeiro a temperatura média é de 21°C, sendo a máxima da temperatura média de 27°C e a mínima de 18°C. A temperatura média anual é de 18ºC, sendo que a menor temperatura já registrada na cidade foi de -1°C no dia 2 de agosto de 1955.
Petrópolis está dividida em 5 distritos, que se subdividem em bairros menores. são estes:
A economia de Petrópolis é baseada no turismo e no setor de serviços. Também merece destaque o comércio de roupas, sobretudo nos pólos da Rua Teresa e Itaipava, que atraem compradores (atacadistas e varejistas) de todo o país.
A Cidade abriga a Faculdade de Medicina de Petrópolis, uma das mais respeitadas Instituições de ensino superior particular do estado.
Abriga também a UCP Universidade Católica de Petrópolis, que, em seus mais de 50 anos de história já formou mais de 18 mil profissionais em diversas áreas, oferece 36 cursos de graduação, sendo 8 tecnólogos, além de cursos de pós-graduação e mestrado.
No ensino médio Petrópolis possui uma escola entre as melhores instituições do Brasil. No ENEM 2006 a Escola Ipiranga ficou em 14º lugar entre as escolas privadas.
Maximiliano de Habsburgo-Lorena, primo de D. Pedro II, foi um dos primeiros estrangeiros famosos a visitar Petrópolis, ainda em 1863 (pouco antes de assumir o trono do México). Balduíno I, da Bélgica, também passaria por Petrópolis durante sua visita ao Brasil, em 1920 - bem como a rainha Sofia, da Noruega, em 1981. Mas, além de cabeças coroadas, a cidade ainda receberia inúmeros outros nomes reconhecidos internacionalmente, como Einstein, em 1926.
O maior número de visitantes célebres, porém, concentrou-se entre 1944 e 1946, tempo de vida do Hotel-cassino Quitandinha. Orson Welles, Errol Flynn, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Walt Disney, Bing Crosby e até um rei destronado (Carol I, da Romênia) foram alguns de seus hóspedes. Com o fechamento dos cassinos no país, determinado pelo presidente Dutra (1946-1950), o Quitandinha começou a entrar em decadência. Antes, porém, seria a sede da Conferência Interamericana de 1946, na qual destacou-se a chefe da delegação argentina, Eva Perón.
A poetisa Gabriela Mistral exercia a função de consulesa do Chile em Petrópolis quando foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Outro Nobel, o britânico Peter Brian Medawar (Medicina, 1954) nasceu e viveu em Petrópolis até os 14 anos. Na década de 1970, a cantora norte-americana Sarah Vaughan também viveu na cidade.
Refúgio de importantes nomes da cultura nacional, figura nas páginas de Machado de Assis e de Stanislaw Ponte Preta e lá Jorge Amado concluiu seu "Gabriela Cravo e Canela". Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Villa-Lobos e Alceu Amoroso Lima tinham casas de veraneio em Petrópolis. Como centro do poder nacional, foi o endereço de veraneio de importantes vultos do império e da república, como o Barão e Visconde de Mauá, Barão do Rio Branco, Barão e Visconde do Arinos, Visconde de Caeté, Joaquim Nabuco, e mais tarde, Santos Dumont e Ruy Barbosa.
Nós usamos cookies necessários para fazer o nosso site e sua navegação funcionarem. Também gostaríamos de coletar cookies de análise de desempenho e outros que nos ajudem a fazer melhorias medindo como você usa o nosso site. Política de Cookies.
Você pode aceitar todos os cookies clicando em “Aceitar todos” ou rejeitar os que não são necessários clicando em “Rejeitar cookies não necessários”.
Para visualizar e alterar suas preferências, clique em Definições de cookies.