São Caetano do Sul - São Paulo - Informações sobre a cidade

Município de São Caetano do Sul
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário
Fundação 28 de julho de 1877
Gentílico sulsancaetanense
Lema
Prefeito(a) José Auricchio Júnior (PTB)
(2009 – 2012)
Localização

23° 37' 22" S 46° 33' 03" O23° 37' 22" S 46° 33' 03" O
Unidade federativa  São Paulo
Mesorregião Metropolitana de São Paulo IBGE/2008
Microrregião São Paulo IBGE/2008
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Santo André, São Bernardo do Campo e São Paulo.
Distância até a capital 11 km
Características geográficas
Área 15,360 km²
População 152.093 hab. est. IBGE/2009
Densidade 9.901,9 hab./km²
Altitude 760 m
Clima Subtropical Cwa
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,919 (SP: 1°) – muito elevado PNUD/2000
PIB R$ 9.047.607 mil (BR: 37º) – IBGE/2007
PIB per capita R$ 62.459,00 IBGE/2007

São Caetano do Sul, ou simplesmente São Caetano, é um município brasileiro do estado de São Paulo, na mesorregião Metropolitana de São Paulo e microrregião de São Paulo. A população aferida em 2009 foi de 152.093 habitantes e a área total da cidade é de 15,3 km², o que resulta numa densidade demográfica de 9.430,8 hab/km². Situa-se a uma altitude de 744 metros.

É a cidade com o melhor IDH do Brasil (PNUD/2000), e também com o 37º maior PIB, à frente de capitais como Natal, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, entre outras. É intensamente conurbada com São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo, fazendo com que se percam os limites físicos entre as cidades.

Índice

História

A região em que hoje se situa o município de São Caetano do Sul é ocupada desde o século XVI, quando era conhecida como Tijucuçu. Foi área de fazendas de moradores do antigo povoado, depois vila (1553), de Santo André da Borda do Campo, extinta por ordem do governador-geral. Sua população e seu predicamento de vila (município) foram transferidos para o povoado jesuítico de São Paulo de Piratininga- 1560.

A partir do começo do século 17, fazendeiros e sitiantes da hoje região do ABC começaram a migrar para o Vale do Paraíba, onde surgiriam as vilas de Taubaté e de Santana das Cruzes de Mogi (Mogi das Cruzes). Dois desses fazendeiros e criadores de gado doaram suas terras para o Mosteiro de São Bento da vila de São Paulo, um onde viria a ser São Bernardo e outro onde viria a ser São Caetano. Nesta última região, o doador foi o capitão Duarte Machado, em 1631, que participara da bandeira de Nicolau Barreto aos sertões dos índios Temiminó, em 1602, para captura e escravização de indígenas. Foi ele também membro da Câmara da Vila de Piratininga, onde exerceu a função de almotacel.

Quarenta anos depois, em 1671, Fernão Dias Paes Leme arrematou em leilão o sítio do falecido capitão Manuel Temudo, também no Tijucuçu, e o doou ao mesmo Mosteiro de São Bento. Formou-se, assim, a Fazenda do Tijucuçu, utilizada pelos monges beneditinos na criação de gado.

Em 1717, os monges ergueram no lugar onde está hoje a Matriz Velha de São Caetano uma capela dedicada a São Caetano di Thiène, o santo patrono do pão e do trabalho. Passou a fazenda a chamar-se Fazenda de São Caetano do Tijucuçu, depois apenas Fazenda de São Caetano. Alguns anos depois, em 1730, os monges fundaram ali uma fábrica de telhas, tijolos, lajotas, louças e adornos cerâmicos para ornamento de casas e igrejas na cidade de São Paulo. Esse material era diariamente transportado, pelo rio Tamanduateí, de um porto que havia na Fazenda para o Porto Geral de São Bento, onde é hoje a rua 25 de Março, ao pé da Ladeira Porto Geral. Até o século XVIII, o trabalho da fazenda era realizado por escravos indígenas e a partir dessa época também por escravos negros de origem africana. A fábrica funcionou até a década de setenta do século 19.

Ao redor da Fazenda desenvolveu-se o Bairro de São Caetano, no mesmo território da cidade de São Paulo. Foi recenseado pela primeira vez em 1765, quando o Morgado de Mateus determinou que se fizesse o censo da população da Capitania de São Paulo. Seus habitantes eram agricultores e tropeiros e recebiam os sacramentos na Capela de São Caetano.

Em 1871, no dia seguinte ao da Lei do Ventre Livre, a Ordem de São Bento decidiu, em seu Capítulo Geral da Bahia, libertar todos os seus escravos, em todo o Brasil, mais de quatro mil. Privada de mão-de-obra, a Fazenda de São Caetano foi desapropriada pelo Governo Imperial para nela instalar o Núcleo Colonial de São Caetano em 28 de julho de 1877. As terras da Fazenda foram divididas e distribuídas a colonos italianos entre 1877 e 1892, quando entrou no Núcleo a última família de imigrantes. O primeiro grupo de famílias assentado no Núcleo embarcara no porto de Gênova e chegara ao Brasil no navio italiano Europa. Procedia todo ele de Cappella Maggiore, província de Treviso, na região do Vêneto, norte da Itália.

Fonte em praça da cidade.

Em 1883, a São Paulo Railway inaugurou a estação de São Caetano e em 1889 o governo da província refez o Caminho do Mar e o Caminho Velho de Santo André da Borda do Campo , que desde o século XVI atravessava a região, de modo a torná-lo tributário da ferrovia.

Originalmente, os colonos do Núcleo Colonial dedicaram à produção da batata inglesa, ou batatinha. Mas em seguida vários deles plantaram videiras e passaram a produzir vinho de mesa, o Vinho São Caetano, comercializado num estabelecimento de Emílio Rossi, colono em São Caetano, que havia no Largo do Tesouro, em São Paulo. As videiras de São Caetano foram contaminadas pela filóxera, a partir de parreiras do bairro da Mooca. Em dois anos a produção de uva e vinho c0aiu verticalmente. Essa praga destruiu parreirais no mundo todo. Emílio Rossi, que em 1887 e 1888 trocou ideias a respeito com o médico e cientista Luís Pereira Barreto, resolveu fazer enxertias com cepas da chamada uva americana, resistente à praga, que deram certo. Mas era tarde. Muitos colonos empobrecidos começaram a vender seus lotes de terra e pela época da proclamação da República as primeiras indústrias começaram a instalar-se na região, em terras compradas aos colonos. O núcleo agrícola se transformava em bairro operário.

Estátua de São Caetano de Thiene, o padroeiro da cidade, no Parque Ecológico Chico Mendes.

Nesse período, os colonos que haviam recebido terras nas várzeas úmidas do rio Tamanduateí e do rio dos Meninos, remanescentes do antigo pântano do Tijucuçu montaram olarias e começaram a produzir tijolos. Um desses colonos, Giuseppe Ferrari foi um dos fornecedores de tijolos para construção do Museu do Ipiranga, a partir de 1895, de que se encarregara o italiano Luigi Pucci.

Pouco antes da proclamação da República foi criado o município de São Bernardo, desmembrado do de São Paulo, e a maior parte do Núcleo Colonial e do antigo bairro de São Caetano foi a ele anexada. Cerca de um quinto da antiga localidade de São Caetano permaneceu no território do município de São Paulo e constitui a área dos hoje bairros de Vila Carioca, Sacomã e Heliópolis. Nesse mesmo ano, um censo do Núcleo Colonial contou 322 habitantes, cujas famílias estavam distribuídas em 92 lotes de terra.

Até aqui todas as informações históricas procedem dos livros de José de Souza Martins: São Caetano do Sul em Quatro Séculos de História, 1957, A Imigração e a Crise do Brasil Agrário, 1973, Subúrbio, 1992, A Escravidão em São Caetano, 1988, Diário de Fim de Século, 1998.

Em 1905, São Caetano era elevado a Distrito Fiscal. A fixação das primeiras indústrias coincidiu com a elevação de São Caetano a Distrito de Paz, em 1916. Em 1924, o arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo a sua primeira paróquia e seu primeiro vigário, o padre José Tondin. A vila transformava-se em cidade.

Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho.

A primeira manifestação de autonomia para o Distrito de São Caetano aconteceu em 1928, com a liderança do engenheiro Armando de Arruda Pereira, diretor da Cerâmica São Caetano, residente na localidade. Para divulgar a idéia emancipacionista, foi fundado o São Caetano Jornal que convocava a população para votar nos seus candidatos a vereador e Juiz de paz nas eleições municipais de 1928. Entretanto, os resultados não foram os esperados. Na década de 1940, o sonho da emancipação voltou a empolgar os caetanenses, com o segundo movimento emancipacionista.

Em 1947, em movimento liderado pelo Jornal de São Caetano, foi realizada uma lista com 5.197 assinaturas e enviada à Assembleia Legislativa do Estado, solicitando um plebiscito. A consulta popular foi realizada em 24 de outubro de 1948; 8.463 pessoas votaram a favor da autonomia, e 1.020 votaram contra. A 24 de dezembro de 1948, o governador do estado de São Paulo, Ademar de Barros, ratificou a decisão e criou o "município de São Caetano do Sul", através da lei Estadual n. 233, de dezembro de 1948, acrescentando-lhe o apêndice do Sul, para distingui-lo de homônimo pernambucano. Em 30 de dezembro de 1953, foi criada a Comarca de São Caetano do Sul, instalada no dia 3 de abril de 1955.

Economia

Edifício comercial na região da Avenida Goiás.
Edifício comercial na Avenida Goiás.

São Caetano do Sul pertence à região do ABC Paulista, a qual foi marcada pelo desenvolvimento industrial e automobilístico. Alguns exemplos são as indústrias localizadas na divisa com São Paulo, e a sede da General Motors no Brasil, na avenida Goiás, o principal centro financeiro da cidade. Atualmente, na avenida, encontram-se instaladas matrizes e filais de várias empresas.

Pessoas de várias regiões da metrópole vão a cidade a trabalho, vindas principalmente da região do próprio ABC e dos distritos das zonas sul e leste paulistanas que fazem divisa com a cidade.

O comércio é também um forte alvo econômico da cidade, que abriga a matriz da rede de lojas Casas Bahia, fundada em 1952 pelo imigrante judeu Samuel Klein.

São Caetano possui o 37º maior PIB brasileiro, o qual é superior ao de várias capitais estaduais do Brasil, além de grandes cidades do interior.

Geografia

São Caetano do Sul situa-se a uma altitude média de 760 metros.

São Caetano do Sul apresenta os melhores indicadores sociais de todo o país, uma cidade considerada exemplar em vários aspectos do chamado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, estando em 1º lugar na lista dos municípios brasileiros por IDH. Não existem favelas (apesar de haver algumas em suas cercanias, como Heliópolis) e o analfabetismo é nulo.

O centro de São Paulo no horizonte, visto da Vila Barcelona, a cerca de 11 a 13 quilômetros.
O crescimento vertical da cidade ocorre devido ao fato de que não há mais espaço para a mesma crescer em sentido horizontal.
A variação de tecidos urbanos. Percebe-se o crescimento da verticalização e a organização da estrutura urbana.
Rio Tamanduateí na divisa com São Paulo. À direita, a capital paulista, e à esquerda, São Caetano do Sul.

Clima

O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 19.9ºC, sendo o mês mais frio Julho (Média de 16.1°C) e o mais quente Fevereiro (Média de 23.1°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400 mm. ( https://www.cpa.unicamp.br/outras-informacoes/clima_muni_548.html )

Demografia

Dados do Censo - 2000

População total: 172.159

Densidade demográfica: 9.160,72 hab./km²

Mortalidade infantil até 1 ano: 1,38 por mil

Expectativa de vida: 78 anos

Taxa de fecundidade: 2,56 filhos por mulher

Taxa de alfabetização: 99,01%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,919

Posse de bens e serviços domésticos
Total de empresas estabelecidas (por categoria econômica)
Dados socioeconômicos
Classificação socioeconômica da população
Frota 2006

O município é servido pelos trens da linha 10 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Automóveis - 75.668

Caminhões - 2.459

(Fonte: IPEADATA|Prefeitura de São Caetano do Sul)

Hidrografia

Lazer e turismo

Parque Chico Mendes, um dos parques mais conhecidos no ABC Paulista.
Mercure na cidade.

São Caetano do Sul assim como toda a região metropolitana de São Paulo, é beneficiada pelo fluxo turístico da capital paulista, recebendo visitantes de várias localidades.

A cidade se baseia no turismo de negócios, cultural e de lazer, contando com diversos hotéis, dentre eles, o Mercure, teatros, anfiteatros e diversos auditórios, sete parques municipais: Espaço Verde Chico Mendes, Parque Botânico e Escola Municipal de Ecologia Jânio da Silva Quadros, Parque Catarina Scarparo D’Agostini, Parque Santa Maria, Cidade das Crianças, Parque Municipal São José (Bosque do Povo) e Espaço de Lazer e Recreação José Agostinho Leal. São Caetano também recebe diversos eventos.

Administração

Bairros

Região do bairro Osvaldo Cruz.
Ciclovia, arborização e pista para pedestres, são alguns dos projetos de infraestrutura da cidade. Na foto, imediações do bairro Santa Maria.
Estádio Municipal Anacleto Campanella ao pôr-do-sol.
O Palácio das Águas, sede do Departamento de Água e Esgoto de São Caetano do Sul.

-Fundação

-Centro

-Santo Antônio

-Santa Paula

-Barcelona

-Olímpico

-Oswaldo Cruz

-Boa Vista

-Santa Maria

-Jardim São Caetano

-Nova Gerty

-Mauá

-Prosperidade

-São José

-Cerâmica

Prefeitos

de 3 de abril de 1949 a 3 de abril de 1953, Ângelo Raphael Pellegrino, sem vice-prefeito;

de 4 de abril de 1953 a 3 de abril de 1957, Anacleto Campanella ( vice-prefeito: Jacob João Lorenzini );

de 4 de abril de 1957 a 3 de abril de 1961, Oswaldo Samuel Massei ( vice-prefeito: Lauro Garcia );

de 4 de abril de 1961 a 3 de abril de 1965, Anacleto Campanella (vice-prefeito: Lauro Garcia);

de 4 de abril de 1965 a 3 de abril de 1969, Hermógenes Walter Braido (vice-prefeito: Odilon de Souza Melo );

de 5 de abril de 1969 a 31 de janeiro de 1973, Oswaldo Samuel Massei (vice-prefeito: Antonio Russo );

de 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977, Hermógenes Walter Braido (vice-prefeito: Argemiro de Barros Araújo );

de 1.° de janeiro de 1977 a 15 de janeiro de 1982, Raimundo da Cunha Leite ( vice-prefeito: João Dal’Mas);

de 15 de maio de 1982 a 31 de janeiro de 1983, João Dal’Mas;

e 1.° de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988, Hermógenes Walter Braido (vice-prefeito: Lavinho de Carvalho );

de 1.° de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992, Luiz Olinto Tortorello (vice-prefeito: João Tessarini);

de 1.º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, Antonio José Dall’Anese (vice-prefeito: Iliomar Darronqui);

de 1.º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000, Luiz Olinto Tortorello (vice-prefeito: Sílvio Torres).

de 1.° de janeiro de 2001 a 17 de dezembro de 2004, Luiz Olinto Tortorello (vice-prefeito: Sílvio Torres).

de 18 de dezembro de 2004 a 31 de dezembro de 2004, Silvio Torres.

de 1.° de janeiro de 2005 a 31 de dezembro 2008, José Auricchio Júnior (vice-prefeito: Walter Figueira Júnior).

de 1.° de janeiro de 2009 até os dias atuais, José Auricchio Júnior (vice-prefeito: Walter Figueira Júnior).

Filhos ilustres

Cidades irmãs

Quem nasce em São Caetano do Sul é sulsancaetanense
Fonte: Wikipédia
Previsão do tempo em São Caetano do Sul/SP

Nós usamos cookies necessários para fazer o nosso site e sua navegação funcionarem. Também gostaríamos de coletar cookies de análise de desempenho e outros que nos ajudem a fazer melhorias medindo como você usa o nosso site. Política de Cookies.

Você pode aceitar todos os cookies clicando em “Aceitar todos” ou rejeitar os que não são necessários clicando em “Rejeitar cookies não necessários”.

Para visualizar e alterar suas preferências, clique em Definições de cookies.