Colatina - Espirito Santo - Informações sobre a cidade

Município de Colatina
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 22 de agosto
Fundação 30 de Dezembro de 1921
Gentílico colatinense
Lema
Prefeito(a) Leonardo Deptulski (PT)
(2009 – 2012)
Localização

19° 32' 20" S 40° 37' 51" O19° 32' 20" S 40° 37' 51" O
Unidade federativa  Espírito Santo
Mesorregião Noroeste Espírito-santense IBGE/2008
Microrregião Colatina IBGE/2008
Região metropolitana
Municípios limítrofes Pancas, São Roque do Canaã, Itaguaçu, Marilândia, Baixo Guandu, Linhares.
Distância até a capital 120 km
Características geográficas
Área 1.423 km²
População 111.365 hab. est. IBGE/2009
Densidade 78,5 hab./km²
Altitude 71 m
Clima tropical Aw
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,773 médio PNUD/2000
PIB R$ 1.064.547 mil IBGE/2005
PIB per capita R$ 9.633,00 IBGE/2005

Colatina é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. É a principal cidade da região noroeste do estado e sua influência abrange também cidades do leste mineiro. Colatina é famosa por seu magnífico pôr-do-sol e por suas festas que ocorrem durante o ano todo, como o Baile do Cafona e as diversas micaretas.

Índice

História

A ocupação das áreas onde hoje situam-se o município de Colatina tem relação com a lógica da reprodução da expansão da lavoura cafeeira para as terras de rarefeita ocupação vizinhas ou ao norte do Rio Doce. Colaboraram também em tal processo a pouco disponibilidade de terras agricultáveis na região Centro-serrana do Espírito Santo, que privava muitas famílias da tradição da herança. Isso tornou imperioso a posse de novas terras.

Tal movimento foi potencializado pela construção da primeira ponte sobre o Rio Doce em solo capixaba, inaugurada em 1928. O eixo logístico formado pela conjugação da ponte com a EFVM determinou uma centralidade no que tange ao norte do Espírito Santo e áreas dos estados vizinhos (leste de MG e sul da Bahia) que até nos dias atuais rendem a Colatina a liderança em oferta de serviços de educação, saúde e comércio varejista.

Retratando a diversidade étnica presente no Espírito Santo, a região de Colatina tem população multifacetada, mas predominantemente descendente da colonização europeia, principalmente de italianos, alemães e portugueses.

Foi fundada em 30 de dezembro de 1921, inicialmente compreendendo as terras dos atuais municípios de Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Governador Lindenberg, Linhares, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte e São Gabriel da Palha.

O nome do município é uma homenagem a Colatina Soares de Azevedo, neta materna de Joaquim Celestino de Abreu Soares, barão de Paranapanema, e esposa de José de Melo Carvalho Muniz Freire, presidente do Espírito Santo de 1892 a 1896 e de 1900 a 1904.

Distrito de Itapina

Em meados do século XX, assentado nos êxitos da lavoura cafeeira, junto ao Rio Doce e atravessado pela Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), Itapina teve notório crescimento econômico e populacional, chegando a rivalizar com a sede do município. Possuía agências bancárias, cinema e um vigoroso comércio. Em virtude da crise da economia cafeeira (décadas de 1960 e 70), com a política de erradicação dos cafezais, Itapina decaiu.

Geografia

Colatina tem 111.365 habitantes segundo as estimativas do IBGE para o ano de 2009. Situa-se às margens do rio Doce, ao norte do estado.

Possui seis distritos: Angelo Frechiani, Baunilha, Boapaba, Graça Aranha, Itapina e a sede.

Hidrografia

O rio Doce, maior do estado, corta o município,recebendo neste, águas de três importantes afluentes em solo capixaba. Os rios Santa Joana e Santa Maria são seus tributários pela margem direita, ao passo que o Rio Pancas deságua em sua margem esquerda. Importante ressaltar que os dois últimos tem suas foz no Doce dentro do perímetro urbano de Colatina.

Relevo

Apresenta uma configuração irregular, suavemente ondulado. Poucas cotas altimétricas superam os 600 m de altitude. Destacam-se por todo o município muitos afloramentos rochosos, graníticos, constituindo-se alguns como áreas de extração desta rocha ornamental.

Clima

O clima é tropical seco com cerca de 900mm de precipitação anual e grande amplitude térmica anual e diária. A máxima média no mês mais quente é de 33°C, sendo uma das maiores do Espírito Santo, porém a mínima média no inverno, chega a 14°C, em altitudes de 70m.

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima °C 33 33 32 31 30 29 29 29 29 30 30 32 30
Temperatura mínima °C 22 22 23 20 19 16 15 14 17 18 19 20 18
Chuvas mm 110 81 105 66 60 33 11 14 60 111 121 123 895

Economia

A economia de Colatina baseava-se num primeiro momento na destruição da Mata Atlântica, com a exploração predatória de madeiras nobres como o jacarandá e a peroba. Os espaços resultantes foram preenchidos com uma agricultura baseada na monocultura do café arábica e a pecuária de corte.

Nos anos 60, o café arábica foi substituído pelo tipo "robusta" (café conillon), mais adaptado as condições climáticas locais. No período compreendido entre o final da década de 1950 e início da de 1970, a região foi a principal produtora mundial deste tipo de café, que é usado no "blend" dos cafés produzidos comercialmente.

Na época, Colatina era então o município mais extenso do Espírito Santo, bem como mais populoso, com 156.495 habitantes em 1957. Mais de 30 linhas de ônibus já ligavam a sede municipal aos distritos mais distantes, a outros municípios e à Capital do estado. Àquela época, Colatina, juntamente com outros quatro municípios, classificou-se como município de maior progresso no Brasil, num concurso promovido pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal e a revista "O Cruzeiro".

O café ainda é importante, com destaque também para a indústria - como é o caso do Café Meridiano, mas seu papel de protagonista na economia local foi substituído ainda nos anos 70 pela indústria de confecções e outros projetos industriais, sendo que a indústria de confecções tornou-se um importante vetor de desenvolvimento, existindo na região muitas fábricas, inclusive com parte da produção voltada para o mercado externo.

Indústria

Sobre o aspecto industrial, conforme dados da Federação das Indústrias do estado do Espírito Santo (Findes) o parque apresentava, no final da década de 1980, cerca de 337 empresas, com um total de sete mil empregados. As micro e pequenas empresas chegam a 6% do total das indústrias. As empresas de confecção medem o percentual de 36,8%, artefatos de madeira 21,6% e construção civil 10%. O ramo de confecções abocanha uma significativa parcela do mercado. Chega a quase 200 empresas, empregando aproximadamente 5 mil pessoas. O consumo de matéria-prima organiza uma produção de 700 mil peças mensalmente (8,5 milhões ao ano) gerando um faturamento médio de 100 milhões de dólares. O consumo de matéria-prima gasta 700 mil metros de tecido. Emendados, dariam um imenso tapete da mesma dimensão com pouco menos de dois metros de largura.

Os salários médios dos empregados atingem o patamar de 125 dólares. As maiores fábricas são a Cherne, Guermar, Uniroupas. O destaque maior da confecção colatinense é a marca, famosa nacionalmente, conhecida como Lei Básica. As dez maiores absorvem 50% da mão de obra. A origem das indústrias de confecção datam da década de 1960. Haviam necessidade de suprir a demanda de roupas para trabalhadores na colheita. Surgiram então os primeiros fabricantes. São as confecções Otto e Valdemar Marino. Antes da erradicação do café, eles já trabalhavam no ramo de confecções. Por dedução, as primeiras unidades produtivas surgiram antes de 1967. Atualmente, cobrem grifes de renome internacional (Yes Brasil, Vide Bula, Ellus e Dijon).

O setor industrial responde pela maior parte do ICMS recolhido na cidade e contribui para a diversificação da economia colatinense. Os ra.mos industriais mais significativos são os setores moveleiro, metalúrgico, alimentar e de confecções. E no setor de confecções entretanto que Colatina encontra sua grande expressão industrial, destacando-se como empresas mais importantes a Cheme, Mimo/PMTE, Merpa, Uniroupas e Grupo Guermar, que respondem por mais de 40% da mão-de-obra empregada. O setor de confecções mantém um Centro de Pesquisa da Moda para dar apoio e informações aos associados. O Pólo de Confecções de Colatina opera com uma filosofia bastante definida: qualidade máxima em todo o processo de produção da aquisição da matéria-prima ao produto final. Este processo de melhoria contínua da qualidade tem sido responsável pela crescente aceitação das confecções de Colatina bem como da competitividade que o setor apresenta no mercado nacional.

Serviços

O município conta com, emissoras de rádio (três emissoras FM e uma emissora AM), duas emissoras de televisão, sendo uma educativa (TV Colatina/TVE Brasil canal 7) e outra comercial (TV Gazeta Noroeste/Rede Globo canal 9), serviço de telefonia fixa e móvel, bem como restaurantes, hotéis, e hospitais, além de batalhões de polícia militar e uma guarnição do Corpo de Bombeiros. A rede comercial é a mais ativa do noroeste do estado do Espírito Santo, oferecendo variedade de produtos.

Assentada às margens do Rio Doce, Colatina tornou-se município chave de todo o sistema de transporte rodoviário da região noroeste do ES, como traço de união entre o promissor noroeste do estado e Vitória, a dinâmica capital do Espírito Santo.

Tudo isto, propiciou intensa atividade comercial que elevou Colatina à categoria de polo regional de distribuição de mercadorias com área de influência num raio de 200 quilômetros.

Exportadores de café, atacadistas e as lojas de pronta-entrega dinamizam o comércio local que atende aos municípios do norte-noroeste capixaba, leste de Minas Gerais e sul da Bahia, representando um universo de mais de 400 mil consumidores.

Diariamente, através da ponte do Rio Doce, passam centenas de pessoas, que, tendo deixado suas cidades de origem, aportam em Colatina, atraídas pelos preços competitivos, variada oferta de produtos e opções dos supermercados e comércio lojista.

Agricultura

Com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, o grande destaque agrícola é o café robusta (ou Conillon), que se constitui na principal fonte de renda dos estabelecimentos de até 100ha. A comercialização do produto no Norte Estadual concentra-se no Município. Outro destaque é a pecuária.

As lavouras de arroz, feijão, milho e mandioca não têm expressão comercial (são um complemento de renda do produtor) e sua produção é inteiramente consumida internamente.

Quanto à olericultura, destacam-se o tomate, o pimentão a berinjela e o jiló. A maior parte da produção (70%) é encaminhada à CEASA (Centrais de Abastecimento do Espírito Santo S/A). O restante permanece no próprio Município.

Dentre as frutas de clima tropical, o cultivo de mamão apresenta-se mais desenvolvido e a maior parte da produção é comercializada no Rio de Janeiro.

Turismo

Oferece um grande potencial para o ecoturismo, pois há no campo belas paisagens e fazendas bem cuidadas. Destaque para São Pedro Frio, a 600 metros de altitude, a 40 quilômetros do Centro, que oferece clima de montanha aos visitantes. Vale a pena conhecer as lagoas do Limão, Pau Gigante, Coroa Verde, Barbados, Óleo, Patrão Mor. Além das cachoeiras do Oito, Onze, Vinte e Onça.

Toda tarde, quando o sol se aproxima do horizonte montanhoso, o céu e o leito do Rio Doce se mesclam de dourado e vermelho e compõem um pôr-do-sol magnífico, um verdadeiro espetáculo para os olhos. O famoso pôr-do-sol da cidade, que é conhecida como Princesa do Norte, representa o cartão-postal, junto com o monumento do Cristo Redentor, que tem 33 metros de altura, localizado na parte alta do município, no bairro Bela Vista. De diversos pontos é possível ver a estátua do Cristo, que a todos transmite uma maravilhosa sensação de paz.O por do sol de Colatina é o segundo mais belo do mundo.

As festas também acontecem durante o ano inteiro. No aniversário de emancipação do município, em agosto, a comemoração atende todos os gostos. Há eventos culturais e musicais dos mais variados. Durante o ano ocorrem os mais animados bailes, um deles, o do Cafona - que ocorre sempre no segundo sábado de maio -, é conhecido não só no Espírito Santo, mas também em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pará.

Ponte do Rio Doce.

Alguns pontos turísticos da Princesinha do Norte:

  1. Cachoeira do Oito
  2. Cristo Redentor de Colatina
  3. Avenida Beira-Rio
  4. Praça do Sol Poente
  5. Biblioteca Municipal

Educação

Possui uma rede de ensino fundamental e médio, cursos técnicos, bem como faculdades reconhecidas regionalmente. Está preparada para entrar em um novo ciclo de crescimento, com o anúncio de implantação de novas plantas industriais. A expectativa que até 2008 Colatina alcance os primeiros lugares (1º ou 2º) no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estadual, que hoje está em 5º lugar. Possui um Centro Universitário(Unesc) que é o único do interior estado a possuir um curso de Medicina, atraindo assim um grande numero de universitários para a cidade.

Lendas

Colatina possui diversas lendas e há vários relatos de OVNIs que apareceram na cidade.

Quem nasce em Colatina é colatinense
Fonte: Wikipédia
Previsão do tempo em Colatina/ES

Nós usamos cookies necessários para fazer o nosso site e sua navegação funcionarem. Também gostaríamos de coletar cookies de análise de desempenho e outros que nos ajudem a fazer melhorias medindo como você usa o nosso site. Política de Cookies.

Você pode aceitar todos os cookies clicando em “Aceitar todos” ou rejeitar os que não são necessários clicando em “Rejeitar cookies não necessários”.

Para visualizar e alterar suas preferências, clique em Definições de cookies.