João Pinheiro - Minas Gerais - Informações sobre a cidade



Município de João Pinheiro
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Brasão desconhecido Bandeira desconhecida
Hino
Aniversário 10 de Setembro
Fundação 30 de agosto de 1911
Gentílico pinheirense
Lema Sua grandeza esta em seu povo
Prefeito(a) Sergio Vaz (PV)
(2009 – 2012)
Localização

17° 44' 34" S 46° 10' 22" O17° 44' 34" S 46° 10' 22" O
Unidade federativa  Minas Gerais
Mesorregião Noroeste de Minas IBGE/2008
Microrregião Paracatu IBGE/2008
Região metropolitana
Municípios limítrofes Brasilândia de Minas (N), Buritizeiro (L), Presidente Olegário, São Gonçalo do Abaeté, Varjão de Minas (S), Lagoa Grande e Paracatu (O).
Distância até a capital 380 km
Características geográficas
Área 10.716,960 km²
População 45.150 hab. est. IBGE/2009
Densidade 4,0 hab./km²
Altitude 765 m
Clima tropical
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,748 médio PNUD/2000
PIB R$ 329.553 mil IBGE/2005
PIB per capita R$ 7.738,00 IBGE/2005

João Pinheiro é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.

Localizado na porção noroeste de Minas Gerais, João Pinheiro é o maior município em extensão territorial de Minas Gerais, com 10.717 km², tendo quase o dobro da área de todo o Distrito Federal, o quádruplo de Luxemburgo, e é maior do que países como Chipre, Porto Rico, e muitos outros. Possui acesso fácil pela BR-040, responsável pela ligação Belo Horizonte-Brasília. E se liga por estradas pavimentadas e em boas condições aos municípios: Paracatu, Lagoa Grande, Brasilândia de Minas, Buritizeiro, Presidente Olegário, São Pedro da Ponte Firme e Varjão de Minas.

A cidade possui algumas festas de tradição, como é o caso da Festa do Peão de Boiadeiro, realizada em abril, o carnaval fora de época, João Pirô, realizado em outubro e a Festa da cidade, realizada em setembro.

Índice

Geografia

João Pinheiro insere-se na porção noroeste de Minas Gerais. Na divisão das regiões administrativas de Minas, o município está na Região Noroeste (RA-1), enquanto pertence à Macrorregião de Planejamento VII, do mesmo nome. Nessa macrorregião, João Pinheiro localiza-se na microrregião de Chapadões do Paracatu, segundo a nova regionalização estabelecida pela SEPLAN-MG em 1994.

Possui uma área total de 10.711,57 km², segundo o documento “Áreas dos Municípios Mineiros”, elaborado pelo Instituto de Geociências Aplicadas - IGA, datado de 1995.

Do ponto de vista geográfico, a sede municipal situa-se a 46º09’55” de longitude oeste e 17º44’21” de latitude sul

Municípios limítrofes

João Pinheiro tem limites com os seguintes municípios:

Caracterização topográfica

A compartimentação topográfica, apresentada pelo IGA para o município, revela os seguintes dados: relevo plano - 20%; ondulado - 40%; montanhoso - 40%.

Como se observa, o município mostra predomínio de uma morfologia tendendo de ondulada a plana, porém exibindo desníveis topográficos consideráveis. Cotas altimétricas de até 923 metros são registradas nas cabeceiras do Ribeirão Formoso, enquanto as mais baixas são ocorrentes na foz do Córrego Poções, a 535 metros de altitude.

Distância entre João Pinheiro aos principais centros nacionais e pólos regionais:

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais.

Aspectos geológicos e geomorfológicos

A geologia da área estudada é marcada pela predominância quase absoluta de litótipos originários do Grupo Bambuí, onde se destacam os calcários dolomitos, ardósias, siltitos, folhetos ardosianos e margas da formação Paraopeba. Registra-se, ainda, a ocorrência de ardósias da formação Três Marias, além de depósitos areníticos, que resultam em formas de relevo com rebordos bem marcados.

São também registradas Coberturas Detríticas, caracterizadas por uma constituição areno-argilosa, sendo a primeira representada por areias finas e a segunda por argilas sílticas, localmente lateralizadas, às vezes com espessas cascalheiras como cobertura.

Do ponto de vista geomorfológico, a região insere-se na Depressão Sanfranciscana, mais precisamente numa depressão interplanáltica, onde as formas de aplainamento, superfícies levemente onduladas e pedimentos ravinados, marcam a paisagem regional.

As planícies também caracterizam a paisagem da região, podendo ser observadas, de preferência, ao longo dos principais cursos de água, antes citados.

Solos e seu potencial

Segundo o Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais, elaborado pelo CETEC-MG em 1983, predominam na região ora em estudo a classe dos latossolos e todas as suas variações, sendo em sua maioria distróficos e álicos, distribuídos quase sempre nas superfícies tabulares ou de aplainados.

De acordo com o referido trabalho, as principais limitações ao uso agrícola destes solos são a falta de água e a baixa fertilidade natural, em especial a dos álicos, devido à toxidade provocada pelo alumínio.

Ainda segundo o mesmo documento, em geral são de solos com excelentes propriedades físicas, que surgem em grande parte em relevos adequados à mecanização e que, se devidamente trabalhados, prestam-se muito bem, por exemplo, à produção de grãos.

Na região, nota-se ainda a ocorrência de grandes áreas em que a pedogênese atuante sobre substrato arenítico gerou solos classificados como areias quartzosas. São solos pobres quimicamente, mas que vêm sendo explorados em todo o Brasil, graças às suas propriedades físicas.

No município está presente também a classe dos litólicos, que ocorrem em grandes áreas. Este tipo de solo caracteriza-se pela existência de um horizonte A, assentado diretamente sobre a rocha ou sobre materiais dela, em avançado estágio de intemperismo.

São solos rasos e encontrados em locais de intensa ação erosiva. De modo geral, apresentam fortes limitações ao uso agrícola, tendo em vista a impossibilidade de mecanização, a baixíssima fertilidade natural, a falta de água e a grande susceptibilidade à erosão, em decorrência das declividades do ambiente sobre os quais se desenvolvem.

Áreas cobertas por solos aluviais surgem ao longo dos principais cursos de água da região, o que facilita sua utilização e irrigação.

Clima

O clima regional é do tipo tropical típico, marcado pela ocorrência de verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. O trimestre mais chuvoso abrange os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, enquanto o mais seco se dá em junho, julho e agosto. O total pluviométrico médio é de cerca de1 300 mm, sendo que cerca de 70% se concentram no verão. As médias térmicas mostram máximas de 28’6°C, mínimas de 15’6°C e média anual de 23’9°C.

Hidrografia

A rede hidrográfica municipal integra-se indiretamente à bacia do rio São Francisco. Na localidade em estudo, os principais cursos de água são os rios Verde, da Caatinga, do Sono e Santo Antônio, ambos afluentes pela margem direita do rio Paracatu, por sua vez afluente direto do rio São Francisco.

Vegetação

Em termos fitogeográficos, a área pertencente aos domínios municipais de João Pinheiro é ocupada por uma formação vegetal do tipo savanóide, conhecida como cerrado. Em seu interior, podem ser observados remanescentes de formações florestais, que possivelmente estão correlacionadas a manchas de solos de melhor qualidade ou à influência de microclimas mais favoráveis ao desenvolvimento de um gradiente de maior biomassa.

Além dessas formações vegetais, é comum a presença das veredas, exibindo seus portentosos buritis, em áreas geomorfologicamente deprimidas e detentoras, portanto, de maior umidade local.

Condicionada por características pedológicas ou litológicas, ocorrem também formações vegetais classificadas como caatingas.

Demografia

A população pinheirense distribui-se num território cuja extensão correspondeu a 14.451 km², o que perfazia uma densidade demográfica de 4,6 hab./km², até 1995, cerca de seis vezes inferior à registrada para Minas Gerais (Quadro 10). Com a emancipação de Brasilândia, tal extensão se reduziu para 10.779,61 km². Considerando sua área e a população atualizada do município, a densidade demográfica caiu para 3,62 hab./km².

A população distribui-se, além da sede, nos distritos de Caatinga, Canabrava, Luizlândia do Oeste, Olhos D’água, Santa Luzia e Veredas. Além dos distritos, verifica-se em João Pinheiro a presença de nove vilas (Almas, Malhada Bonita, Olaria, Parque das Andorinhas, Riachinho do Gado Bravo, Riacho do Campo, São Sebastião, Tauá, e Vereda Malhada), além de dezoito núcleos de pequenos e médios produtores rurais, bem como pelo menos três núcleos de colonização, relacionados à reforma agrária.

Economia

A economia do município gira principalmente sobre o agronegócio,com destaques para a pecuária(bovinos de leite e corte),agroflorestal e sucroalcooleiro. No setor de confecções também se concentra parte considerável da mão-de-obra da cidade.

População economicamente ativa

Conforme já mencionado, predominam em João Pinheiro as atividades primárias, em especial a agropecuária. Isso fica patente através do confronto entre os dados dos Censos Demográficos de 1970, 1980 e 1991, referentes à estrutura setorial de absorção da população economicamente ativa - PEA -do município. Ademais, observa-se uma tendência de progressiva redução de pessoas ocupadas no setor primário, em detrimento do aumento de pessoal nos outros setores, sobretudo no terciário.

Agricultura

A agricultura em João Pinheiro mostra-se complexa. Embora não seja a atividade principal do município, revela-se diversificada, variando da cultura de eucalipto, produção de grãos e frutas, indo até a agricultura familiar de subsistência.

A produção local de carvão iniciou-se na década de 1970, com os requerimentos crescentes de carvão pela indústria siderúrgica, que ganhava fôlego cada vez maior em Minas Gerais. Grandes extensões de terras a preços relativamente baixos, condições naturais favoráveis para o rápido crescimento do eucalipto e abundância de mão-de-obra barata, associadas a um amplo e arrojado programa de incentivos fiscais e subsídios para o reflorestamento promovido pelo governo central, propiciaram a expansão da atividade. Surgiram, então, os chamados maciços verticalizados, ou seja, produção florestal direto para a indústria.

Até meados de 80 o ramo florestal brasileiro viveu amparado nos incentivos fiscais. Naquele período, a floresta de eucalipto era concebida exclusivamente dentro de uma perspectiva monetária, sem levar em consideração seus aspectos sociais e ambientais.

Dentre as principais empresas reflorestadoras que se instalaram em João Pinheiro destacam-se White Martins, Companhia Mineira de Metais, ARG Mandacaru, Bandeirantes e Plantar, todas com uma extensão plantada com menos de 15 000 ha. Soma-se a elas a Fiel-MANNESMANN, a maior e mais importante ali sediada.

Potencial mineral

De acordo com levantamentos realizados pela Companhia Mineradora de Minas Gerais - COMIG, João Pinheiro possui potencial mineral que, para ser viabilizado enquanto investimento, necessita em especial de parcerias com a iniciativa privada, dado que o ramo exige inversões de capital, em geral significativas.

Administração municipal

Para compreender melhor o processo político de João Pinheiro, bem como os problemas que a Prefeitura enfrenta, é importante mencionar que a atual administração, eleita através da coligação PV - PSDB - PT – PPS – DEM – PT do B – PHS – PSB - PR, representa uma ruptura com a política tradicional do município.

Acesso e transportes

João Pinheiro é entrecortado por duas rodovias importantes: a BR-040 e a BR-356, que fazem a ligação do município com outras partes do País, como também com outros centros importantes do Estado.

A despeito de sua grande extensão territorial e das distâncias entre seus distritos e comunidades rurais, o município encontra-se desprovido de um sistema de transporte intermunicipal que atenda satisfatoriamente à população. Embora possua mais de 5 000 km de estradas vicinais, algumas de suas áreas ficam mais isoladas, como Mandacaru, Malhadinha, Malhada Bonita, Veredas e a região de Campo Grande, às margens do rio Paracatu. A extensão territorial e as condições físico-naturais do lugar são responsáveis por favorecer seu isolamento.

O município dispõe de um terminal rodoviário com instalações modestas, pelo qual apenas passam linhas interestaduais e intermunicipais, exceção daquela com destino a Belo Horizonte, que sai diretamente da rodoviária pinheirense. Algumas empresas também prestam serviços intramunicipais. Considerando as empresas cujas linhas passam por João Pinheiro, os destinos são:

Aeroporto

O município conta com um aeroporto de pista asfaltada com 1 200 m.

Assistência social

João Pinheiro (assim como grande parte do País, a partir da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, de dezembro de 1993), vem buscando construir um serviço efetivo. Em abril de 1996 foi criado o Conselho Municipal de Assistência Social, que teve estabelecidas como prioridades: atendimento à criança, através de creches; implantação do Conselho Tutelar, preparando a sociedade pinheirense para criação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; atendimento à criança em situação de risco pessoal e social; serviço de apoio ao migrante; apoio à família (psicossocial, econômico, qualificação profissional etc).

Na opinião de informantes-chave, em reunião do Conselho Municipal de Assistência Social, realizada no dia 10 de outubro de 1997, foi feita uma avaliação de que o Poder Público Municipal, de certa maneira, ignora as prioridades deliberadas, em prejuízo de sua inclusão no orçamento. Segundo a mesma avaliação, é necessário criar mecanismos mais interativos, que sejam capazes de ampliar a participação da sociedade na peça orçamentária, como saída para superação dos traços de uma cultura política tradicional, ainda existente no município.

De acordo com os mesmos informantes, é importante superar a assistência social da forma como era concebida no país, ligada a paternalismo, clientelismo, favor ou caridade. É fundamental que tal conceito evolua e a sociedade entenda que a assistência social é, antes de tudo, uma questão política, relacionada a direitos e cidadania.

Ainda nessa área, atua no município a Associação de Pais e Amigos do Excepcional - APAE, que atendia a 142 alunos, em quatro modalidades: fisioterapia (42 pacientes), fonoaudiologia (40 pessoas), psicologia (45) e pedagogia. A instituição promove o atendimento de acordo com as necessidades (individual ou em grupo).

Observa-se também a presença de clubes de serviços: Rotary Clube: criado no dia 4 de abril de 1989. São 40 membros, com o objetivo de trabalhar em favor da população carente, através da oferta de alguns serviços e doações. Possui um consultório dentário no bairro Itaipu, onde presta serviços voltados para a prevenção odontológica e tratamento dentário. Promove ações bimestrais nas comunidades, para as quais são mobilizados médicos, barbeiros, cartório eleitoral, delegacia, etc., no atendimento à população; Grupo Participação, contando com 39 membros, atua dentro dos mesmos objetivos do Rotary, pois são instituições co-irmãs. Possui uma sede localizada ao lado do CAIC, onde funciona uma escola de datilografia, que pretende transformar num curso de computação. Além de apadrinhar várias entidades, como é o caso do Asilo Santana, é parceiro da Prefeitura na construção do Centro Oftalmológico, do qual deverá custear a construção. Em dezembro de 1997 desenvolvia um projeto de arborização da cidade; Lyons: criado em maio de 1984, conta com 41 associados, atuando na mesma linha que os demais clubes de serviço. Possui um consultório médico e um centro de aprendizagem (que oferece cursos de datilografia, corte e costura). Estava terminando a construção da sede, no bairro Esplanada, o que deverá melhorar as condições e a oferta dos serviços; Loja Maçônica Amor, Verdade e Justiça, também prestando relevantes serviços a João Pinheiro.

Merece destaque o trabalho desenvolvido pela Sociedade São Vicente de Paula. Da entidade participam cerca de 1 300 vicentinos, organizados em 85 conferências, 40 na zona urbana e 45 na rural. Mantém 379 famílias em casas lares, totalizando uma assistência que atinge 1 060 pessoas e inclui idosos, mulheres grávidas e doentes. A entidade tem parte de seus recursos provindos de subvenção pública, repassada pela Prefeitura; o restante é conseguido através de campanhas e doações. Contribui ativamente com os asilos da cidade, que somam cinco: Asilo Santana (43 internos) e São José (16 internos), ambos localizados em zona urbana; Asilos do Distrito de Canabrava (6 internos), de Santa Luzia (4 internos) e de Olhos D’água (pequena vila, com 4 famílias), todos na área rural.

Fonte: SEBRAE

Quem nasce em João Pinheiro é pinheirense
Fonte: Wikipédia
Previsão do tempo em João Pinheiro/MG

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