Município de Corumbá | |||||
"Cidade Branca" "Capital do Pantanal" "Capital Fronteiriça do Brasil" "Capital Fluvial do Brasil" |
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Hino | |||||
Aniversário | 21 de setembro | ||||
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Fundação | 21 de setembro de 1778 (231 anos) | ||||
Gentílico | corumbaense | ||||
Lema | |||||
Prefeito(a) | Ruiter Cunha de Oliveira (PT) (2009 – 2012) |
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Localização | |||||
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Unidade federativa | Mato Grosso do Sul | ||||
Mesorregião | Pantanais Sul-Mato-Grossenses est. IBGE/2008 | ||||
Microrregião | Baixo Pantanal est. IBGE/2008 | ||||
Região metropolitana | {{{região_metropolitana}}} | ||||
Municípios limítrofes | Sul: Porto Murtinho, Bahía Negra - Paraguai
Leste: Aquidauana, Miranda, Sonora, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso Oeste: Puerto Quijarro e Puerto Suárez - Bolívia Norte: estado de Mato Grosso Obs.: o município de Ladário não é limítrofe de Corumbá, pois fica inserido dentro deste |
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Distância até a capital | 434 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 64 960,863 km² | ||||
População | 99.467 hab. est. IBGE/2009 | ||||
Densidade | 1,53 hab./km² | ||||
Altitude | 118 m | ||||
Clima | Tropical Aw | ||||
Fuso horário | UTC-4 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,771 médio est. PNUD/2000 | ||||
PIB | R$ 2 052 367 000,00 (BR: 186º, MS: 3º) – est. IBGE/2007 | ||||
PIB per capita | R$ 21 296,00 est. IBGE/2007 |
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Corumbá é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. Situada na margem esquerda do rio Paraguai e também na fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, Corumbá é considerada o primeiro pólo de desenvolvimento da região, e por abrigar 60% do território pantaneiro, recebeu o apelido Capital do Pantanal, além de ser a principal e mais importante zona urbana da região alagada. Também é o maior município em extensão territorial do estado e o mais populoso centro urbano fronteiriço de todo o Norte e Centro-Oeste do Brasil.
A cidade sempre foi muito estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias européias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século 19 e começo do século 20, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali. Era também um importante entreposto fluvial de Cuiabá e Cáceres, ambas importantes centros fluviais da região numa época em que só se chegava a Corumbá pelo rio, o que fez com que fosse centralizado temporariamente ali o parlamento estadual (nessa época por pouco Corumbá não foi a capital do estado). As disputas por território entre portugueses e espanhóis estão na origem da cidade cujo primeiro vilarejo surgiu em 1778, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque. Corumbá é conhecida como cidade branca pela cor clara de sua terra, pois está assentada sobre uma formação de calcário, que dá a cor clara as terras locais.
É a segunda cidade mais importante do estado em termos econômicos (depois da capital), a primeira em cultura e a terceira em população, depois de Campo Grande e Dourados. Constitui o mais importante porto do estado de Mato Grosso do Sul e um dos mais importantes portos fluviais do Brasil e do mundo. Existe uma conurbação de Corumbá com mais 3 cidades: Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro. Com isso existe uma rede urbana de cerca de 150 000 pessoas, sendo atendida por dois aeroportos: Corumbá e Puerto Suárez. Principal exportador de Mato Grosso do Sul em 2008, o município de Corumbá atingiu a condição de cidade mais dinâmica do Estado e 86ª dentre as 300 mais dinâmicas de todo o País, conforme o "Atlas do Mercado Brasileiro 2008", divulgado em junho pela Gazeta Mercantil. Segundo o IBGE, Corumbá possui um PIB de pouco mais de R$ 2bi. Com isso, o município ficou em terceiro lugar no estado, logo atrás da capital e Dourados. No Brasil ficou entre os 200 primeiros colocados. A cidade também ficou com o 324º maior potencial de consumo (IPC Target) entre todas as cidades brasileiras. Além disso, 95% dos professores municipais tem ensino superior.
Índice |
A etimologia do topônimo Corumbá origina-se provavelmente no tupi kuru'mba, que significa "banco de cascalho".
Dos registros arqueológicos e conhecimentos que se tem sobre o Pantanal, sabe-se que foi povoado por grupos indígenas das línguas Arawak, Guaicuru, Jê, Macro-Jê, Tupi Guarani e Zamuco. Sítios arqueológicos registram a presença dos povos indígenas que ocupavam a região antes da colonização. A diversidade de sítios, tanto de habitação, quanto de cemitérios, revela culturas amazônicas, da platina e do chaco.
No século XVIII, visando a um tratado de limites existente, foi fundado pelos espanhóis em 1774 um povoado na foz de Ipané. Em 13 de setembro de 1775 foi oficialmente fundado o Forte Coimbra para a defesa da região. Em 21 de setembro de 1778, efetuou-se a ocupação do local onde se localiza atualmente Corumbá (Em 2 de setembro o local onde se encontra atualmente Ladário começou a ser povoado). Nessa mesma data, a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso (o Capitão-General Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres), o sargento-mor Marcelino Rois Camponês, que comandava uma expedição militar, adquiriu a posse da região para a Coroa Portuguesa, fundando o local e batizando-o com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, sendo então lavrado o termo de fundação.
Em 7 de outubro de 1871, com o crescimento retomado, é elevada à categoria de vila. A comarca de Corumbá foi criada por Lei Provincial nº 1 de 10 de junho de 1873 (declarada de segunda estância) e instalada em 19 de fevereiro de 1874. Em 1877, Corumbá dispunha de três praças, dez ruas retas e sua população era de aproximadamente 6 mil habitantes. Em 15 de novembro de 1878, pela lei nº 525, é elevada à categoria de cidade. Já no fim do século XIX, o porto fluvial de Corumbá era o terceiro maior da América Latina e movimentava pelos vapores da rota Europa/Brasil o comércio de peles, charques e outras riquezas da região.
Corumbá está situada ao oeste do Estado de Mato Grosso do Sul, região do pantanal brasileiro (chaco). Ela abrange 60 % do pantanal sul mato-grossense e 37% do Pantanal brasileiro, sendo assim, considerada a capital do pantanal e a principal cidade às margens do rio Paraguai. Dentro do município está localizada a cidade de Ladário, que faz divisa apenas com Corumbá.
Corumbá localiza-se na região do Pantanal sulmatogrossense e próxima da fronteira com a Bolívia, á beira do rio Paraguai. O município é também ponto de parada da ligação ferroviária entre o Brasil e a Bolívia, sendo a última cidade brasileira antes do território boliviano, do qual se separa por fronteira seca. Localiza-se a uma latitude 19º00'33" Sul e a uma longitude 57º39'12" Oeste, estando a uma altitude de 118 metros.
Os solos do pantanal, em sua maioria, são arenosos e pobres com pequenas manchas argilosas e calcárias, mais ricas. Os plintossolos (tipo de solo mais encontrado no pantanal) são originários de sedimentos arenoargilosos do quaternário, são pobres em húmus, com a propriedade de endurecer irreversivelmente quando submetido a ambiente oxidante e, em geral, de baixa fertilidade. A maior limitação a uso destes solos é decorrente do excesso de água. São encontrados, com maior intensidade, em áreas planas e rebaixadas, sujeitas a inundações. As características geológicas e geomorfológicas da região são bastante peculiares, condicionando a formação de uma ampla diversidade de solos.
Considerando a forma de ocorrência dos solos na região, constata-se que nas áreas mais baixas e com topografia praticamente plana, constituídas por aluviões do rio Paraguai e seus afluentes, destacam-se a ocorrência de solos com marcante hidromorfismo como Glei Húmico e Glei Pouco Húmico, podendo ocorrer, também, algumas manchas de Vertissolo e Solonetz Solodizado. Nas áreas intermediárias, um pouco mais elevadas e menos sujeitas a inundações, predominantemente com relevo plano, suave ondulado e ondulado, destaca-se a ocorrência de Podzólico Vermelho-Escuro, Podzólico Vermelho-Amarelo, Brunizém Avermelhado, Brunizém, Regossolo, Vertissolo e Rendzina.
Geologicamente é uma planície aluvial de formação recente do período quartenário (2,5 milhões de anos), que ainda está em processo de sedimentação. O leito sinuoso e curso instável dos rios formam um grande número de ilhas, algumas de até 1 200 km² de área. Além do curso principal do rio Paraguai que na época das cheias tem até 25 km de largura, as áreas inundadas se limitam as partes mais deprimidas do terreno, chamadas baías que geralmente assumem formas circulares ou elípticas. Entre uma e outra baía, as partes mais elevadas são chamadas "cordilheiras", onde o gado das fazendas se refugia quando as águas sobem. Os cursos que interligam as baías durante as cheias são chamadas vazantes, e recebe o nome de corixos quando são permanentes e podem ser navegados mesmo na época de estiagem. O regime de fluxo de águas subterrâneas nas rochas pré-cambianas está condicionado a existência de estruturas, que associadas às rochas carbonáticas, provocam a sua dissolução, criando aberturas maiores que facilitam o fluxo de água. As águas do rio Paraguai e do Canal do Tamengo, por apresentarem condutividade elétrica inferior a 250 mohm são classificadas como água com salinidade baixa.
De acordo com estudo realizado pela prefeitura de Corumbá a Bacia do Paraguai está inserida no contexto geológico do Geossinclineo Paraguai-Araguaia e é caracterizada pela ocorrência de aqüíferos de meio fissurado e de dissolução (cárstico), associados principalmente às rochas pré-cambianas do grupo Corumbá e Cuiabá. Sobreposto a este embasamento tem-se a ocorrência de uma extensa cobertura aluvionar de idade quaternária, representada principalmente pela formação Pantanal, que constitui um aqüífero de meio poroso.
O clima da região de Corumbá é do tipo Aw — Clima Tropical Úmido, megatérmico, com inverno seco e chuvas no verão. Cabe salientar que em alguns locais é possível encontrar características climáticas que os enquadram no limite do Aw e BSh, isto é, entre um clima úmido e um clima semi-árido. Com chuvas de novembro a abril e seca de maio a outubro. Chove em média 100 dias por ano. Os meses de verão são extremamente quentes e os meses de inverno podem se caracterizar por muito frio. O tempo em Corumbá:
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
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Temperatura Média °C | 27 | 26.5 | 26.7 | 26 | 23.1 | 20.1 | 21.8 | 22.7 | 24.2 | 26.6 | 27 | 27.2 | 25 |
T. Mínima Absoluta °C | 14.6 | 15.3 | 12.4 | 13 | 6.2 | 6 | 1.4 (1) | 4.6 | 9.2 | 11.6 | 14 | 16.2 | 1.4 |
T. Mínima Média °C | 23.2 | 23.2 | 23.5 | 21.6 | 20.6 | 17.2 | 16.7 | 18.1 | 19.7 | 21.9 | 22.7 | 23.1 | 21.1 |
T. Máxima Média °C | 32.7 | 32.4 | 31.9 | 30.6 | 28.1 | 26.2 | 26.9 | 28.4 | 31 | 32.1 | 33.1 | 32.9 | 30.5 |
T. Máxima Absoluta °C | 37.5 | 38.3 | 37.1 | 36.2 | 34.3 | 33.2 | 34.4 | 36.8 | 38.4 | 40.5 (2) | 39.9 | 39.6 | 40.5 |
Prec. Média mm | 207.1 | 122.7 | 137.7 | 78 | 53.4 | 30.5 | 29.2 | 32.4 | 47 | 82 | 144 | 154.2 | 1118.2 |
Prec. Máxima 24h mm | 144.9 | 76.3 | 88.7 | 119.8 | 76.7 | 46.6 | 60.7 | 75.9 | 54.8 | 57.6 | 101.6 | 63.6 | 144.9 (3) |
Umidade Rel. do Ar % | 78.3 | 80.8 | 81.6 | 78.5 | 80.9 | 79.2 | 72.4 | 72.6 | 72.5 | 71.8 | 75.7 | 77 | 76.8 |
Possui atualmente área total de 64 960,863 km². A área urbana totaliza 21,57 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite. Sua área territorial total abrange todo o município de Ladário.
Corumbá possui 386 km de fronteiras com dois países: Paraguai e Bolívia, situação que é conhecida como tríplice fronteira. O primeiro contato com o território boliviano ocorre com o núcleo de Arroyo Concepción, ao lado da cancela divisória com os dois países e para se deslocar até lá são percorridos 7 km desde o Centro de Corumbá. Há uma linha regular de ônibus urbano que chega até o local. Na fronteira paraguaia são 38 km de fronteira em curso d’água (limites naturais que possuem descontinuidade no terreno com alguma barreira natural: rio, lagoa, serra, entre outros), sendo que o contato se faz pelo rio Paraguai, não existindo núcleos populacionais, apenas propriedades rurais que confrontam com as do Brasil. À revelia das causas institucionais e econômicas que provocam alterações nas oportunidades e reforçam a demarcação das fronteiras, foi estabelecido um pacto cotidiano informal de cooperação e parcerias entre as fronteiras, mas sem o reconhecimento dos países. Por um lado, é assimilado características culturais dos três países que marcam a identidade da população local. Por outro lado há o lado negativo do poder invadir os países vizinhos através da comunicação e/ou proprietários brasileiros que incorporam terras estrangeiras em seu patrimônio. Sendo fronteira contemporânea, Corumbá demarca a composição de territorialidade que une-se nos fluxos dos interesses de segmentos e a sua dinâmica, fundamentalmente, aproxima regiões avançadas, especialidades capacitadas tecnologicamente, locais inseridos no diálogo de relações mundiais, em um compasso de tempo cuja velocidade difere da lentidão de sua área, e criando redes de contraponto às relações internas constituídas na estrutura do Estado-nação. A organização vertical do território, quando assume importância extrema, opõe-se á sua organização horizontal e representativa dos interesses sociais.
O bioma Pantanal é a planície mais importante em áreas úmidas da América do Sul. Seu maior território encontra-se no Mato Grosso do Sul, é conhecido como Pantanal Sul e tem como porta de entrada a cidade de Corumbá. O Pantanal de Mato Grosso do Sul é reconhecido como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta. A grande diversidade da fauna é um dos seus grandes atrativos: jacarés, peixes, capivaras, antas, cervos-do-pantanal, garça, arara-azul, tuiuiú, entre outros. O Pantanal recebeu os títulos de Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Segundo a WWF (1999), existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis. É uma região de grande importância para preservação da biodiversidade, considerada um dos maiores centros de reprodução da fauna da América. Já foram catalogados ali mais de 263 espécies de peixes, 122 de mamíferos, 93 de répteis, 1132 de borboletas, 656 de aves e 1700 de plantas.
Ladário localiza-se a leste de da zona urbana de Corumbá, sendo ela seu único vizinho, pois fica inteiramente dentro da área deste, além de depender economicamente dele. Juntas, Corumbá e Ladário somam 118 865 habitantes.
O fuso horário é de menos uma hora com relação a Brasília e de menos quatro horas ao Tempo Universal Coordenado.
Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) (fonte: IBGE) | ||
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Ano | PIB (R$) | PIB per capita (R$) |
2000 | 487 906 000,00 | 5 073,31 |
2001 | 597 766 741,00 | 6 163,86 |
2002 | 841 758 000,00 | 8 607,00 |
2003 | 1 174 881 000,00 | 11 913,00 |
2004 | 1 286 332 000,00 | 12 936,00 |
2005 | 1 492 877 000,00 | 14 889,00 |
2006 | 1 973 945 000,00 | 19 527,00 |
2007 | 2 052 367 000,00 | 21 296,00 |
Apesar do seu forte e competitivo segmento agropecuário, sua economia é bastante diversificada, se destacando também as atividades de mineração, pesca e turismo, comércio e serviços. A arrecadação municipal segue a tendência das grandes capitais do país, sendo predominante às receitas proveniente dos setores de comércio e serviços (27,35%). Essa tendência é explicada pelo fato desses serem os setores da economia que mais agregam valores em seus produtos. O município é o terceiro em arrecadação de ICMS no estado. Os dados da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) apontam que a movimentação econômica de Corumbá saltou em 36%, passando R$ 1,88 bilhão no ano de 2006 a R$ 2,55 bilhões em 2007, crescimento mais expressivo de Mato Grosso do Sul. Quanto às exportações, os dados de janeiro a julho indicam que Corumbá remeteu a outros Países US$ 232,8 milhões, o quádruplo do acumulado de janeiro a julho de 2007, passando a frente de Campo Grande e Dourados no ranking de exportadores.
Geograficamente, Corumbá se identifica como espaço regional central e nacionalmente periférico. Em função da ação do sujeito (homem) que interfere no objeto (território), e a cada interferência ocasiona transformações nas estruturas demográficas, sociais, ambientais e econômicas, sugerindo novos cenários e envolvendo novos agentes e atores. A identificação do espaço geográfico local com os seus elementos, formas e funções muito específicas e estimulantes, ocorre em razão da necessidade de apreender um espaço que tem se inscrito na história precedente e recente de forma peculiar. Entre ciclos de destaque econômico e de decadência, esta cidade fronteiriça (detentora de uma riqueza biótica de fundamental relevância (o Pantanal) e possuidora de jazidas de manganês e ferro, além de diversos outros atributos) enfatiza os matizes sutis da Geografia, notadamente na dimensão da dinâmica territorial e ambiental. Os cenários de desenvolvimento reservam para a cidade uma face de privilegiada posição geográfica que garante relevante papel central na geopolítica regional frente aos países vizinhos e ao Brasil. A cidade tem grande potencial para exercer funções de maior relevância em razão da privilegiada situação geográfica e do contexto da rede urbana à qual pertence como: relações intercontinentais, centro agro-industrial (para agregar valor a atividade pecuária), segurança nacional, centro de referência de estudos históricos, arqueológicos e biológicos relativos ao Pantanal, estado, região e país. Chegando-se às seguintes constatações que devem ser ponderadas:
Economicamente Corumbá já foi bem mais importante que hoje. Possuia o maior porto fluvial da América Latina e o terceiro maior de um modo geral, além de já ter sido também o principal e mais importante centro comercial da região Centro-Oeste entre 1880 e 1930. A cidade é considerada o embrião do Mercosul, pois foi a primeira a manter relações comerciais com países vizinhos, em especial Paraguai e Argentina. A retomada do desenvolvimento econômico começa a ganhar visibilidade. Com mais de 230 anos, a cidade prepara-se para um grande surto de crescimento com a implantação de seis megaprojetos: a volta do Trem do Pantanal, a pavimentação da rodovia Santa Cruz-Corumbá, a construção da Termopantanal, a construção do Polo Minero Siderúrgico, a hidrovia do Paraguai e a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, entre outros investimentos de grupos empresariais que prometem alavancar a economia local. A América Latina, com a função de mercado especializado, teve um papel fundamental como região de fornecimento de matérias-primas e produtos coloniais (açúcar, café, tabaco, algodão, entre outros). A bacia platina, por impulso das relações dinâmicas do mercado importador-exportador, despertou um processo de ocupação e conquistas de suas fronteiras internas (tanto que, em 1912, o presidente de Mato Grosso declarou que grande área da província se encontrava desocupada e que havia necessidade de braços para a lavoura). Corumbá, por ser economicamente vulnerável, tornou-se permeável de todo tipo de influência externa, tanto econômica, quanto político, cultural e social. No pós-guerra de 1945, a repercussão do contexto global manifestou-se na pecuária, através de investimentos de produtores rurais regionais, substituindo os investidores estrangeiros, e dessa maneira pôde-se passar a exportar carne (seca e salgada) bovina através da Bacia do Prata para os Estados Unidos e Europa (especialmente Reino Unido).
A inclusão de Corumbá nos circuitos comerciais e produtivos globais ocorre a partir da conjuntura que é marcada pela crise industrial desenvolvimentista e aposta na dotação da economia nacional e estadual. Nesse contexto, a redefinição dos meios de transporte, a reestruturação do sistema produtivo e a ligação com os países dos diversos blocos regionais lhe conferem uma maior capacidade. O processo de globalização reativa a competição entre os territórios para a captação de capitais, informações e fluxos de bens, que circulam em volumes cada vez maiores no espaço econômico mundial. Apesar do conjunto de fatores favoráveis para a potencialização de seu desenvolvimento, marcou passo ao longo da sua história caracterizando-se por ciclos econômicos intermitentes, que ora a colocou na condição de centro e ora na condição de periferia. E ao longo dos tempos não houve diretrizes locais, estaduais e nacionais que possibilitaram iniciar um pocesso de desenvolvimento sustentável que fizesse a cidade romper com o problema da estagnação socio-econômica que por conseqüência lhe trouxe a condição de cidade periférica, apesar da arrecadação captada em função de sua importância central e histórica para o Brasil, de patrimônio natural da humanidade e reserva da biosfera e das obrigações em função desse status, que era ambicionado por outras regiões de Mato Grosso do Sul. E a forma geográfica como Corumbá tem-se inserido na dinâmica territorial nacional ora reproduz um espaço de relevância central, podendo ser exemplificado com alguns objetos espaciais (Bioma Pantanal, Patrimônio Histórico Nacional, eixos de acesso ferroviário, rodoviário e fluvial além do transporte aéreo, Maciço do Urucum, onde se localizam importantes jazidas de minério de ferro e manganês), e ora reproduz um longínquo posto fronteiriço inserida às atividades ilícitas e sem diretrizes para o seu desenvolvimento, determina a sua real importãncia nacional.
Essas novas fronteiras acabam por determinar espaços e definir as posições entre ricos e pobres, dominantes e dominados, industrializados e periféricos. Dessa maneira, aumentaram as especializações economicas de periferia (especializações referentes aos ciclos de exploração que fez algumas regiões isoladas do Brasil e América Latina conheceram a prosperidade, chegando a ostentar sinais evidentes de riqueza), com a manutenção das atividades tradicionais, é uma das razões do fracasso da industrialização em regiões periféricas, considerando o estabelecimento da divisão internacional do mercado. Uma dos grandes feitos do capitalismo imperial na América Latina foi a demarcação dos espaços fronteiriços para poder usar toda a infra–estrutura viária disponível para expandir o mercado. Dessa forma, incorpora-se econômica e territorialmente esses mercados. O desenvolvimento do capitalismo acabou iniciando um processo de relações centro-periferia. O desenvolvimento do processo produtivo local tem ligação com o movimento global do sistema capitalista na América do Sul, focalizando o Brasil e os outros países incluídos no bloco regional do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia), isto porque neste caso a dimensão da região deve ser focada pela articulação dos agentes do comércio inter-regional, e estes compreendidos pela região pressupondo a diversidade das relações internacionais com o mercado global. Tal articulação não é apenas espacial, mas, sobretudo, detalhada (econômica, social e cultural): Corumbá fez parte da economia de mercado exportador que predominou em todas as ex-colônias hispânico-lusitanas e também tinha grande vinculação ao mercado emergente global. A inclusão definitiva de Corumbá ocorreu com a abertura da navegação do rio Paraguai para países da Europa e da América do Sul, como parte do processo de internacionalização da economia, a partir da segunda metade do século XIX, num contexto de ampliação de mercados, em função das transformações operadas no processo industrial e com capacidade aparentemente ilimitada do capital de promover o crescimento e a acumulação econômica.
Corumbá, com 100 mil habitantes e 1 relacionamento direto, é um Centro de Zona A. Nível formado por cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Corumbá é uma das 192 cidades no Brasil com a classificação Centro de Zona A. A cidade exerce influência sobre o município de Ladário (Centro Local). Corumbá é o único centro urbano de significância relativa no Pantanal, exercendo na região as seguintes funções: comerciais (entreposto de exportação, entreposto comercial regional, comércio de abastecimento para as cidades bolivianas da fronteira e compras), industriais, de serviços (educação e capacitação profissional, administrativos, religiosos, de saúde, militares e sanitários, inclusive para o lado boliviano), cultura (centro de integração cultural fronteiriço e serviços de cultura para a população fronteiriça), turismo e eventos.
Acolhe um grande número de profissionais liberais, empreendedores e entidades ligadas ao agronegócio, indústria e comércio. A população economicamente ativa em Corumbá, na faixa etária que atinge dos 18 aos 65 anos, totaliza 40.582 pessoas (25.674 homens e 14.908 mulheres). É no setor terciário (especialmente comércio de mercadorias e prestação de serviços) que há maior fluxo de contratações empregaticias. O mercado de trabalho em Corumbá começou a se aquecer nos últimos anos em função da instalação do Pólo Gás-Químico (Termopantanal), do Pólo Siderúrgico da Rio Tinto e dos alto fornos construídos pela EBX. Todavia, apresenta alto índice de desempregados, na faixa dos 24,46%. A necessidade de buscar qualificação profissional e estudo de nível superior de cursos não disponíveis na cidade de Corumbá provoca a saída de jovens para centros produtivos maiores do estado e do país (principalmente Campo Grande, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo), provocando uma mudança no perfil demográfico constituído pela falta de mercado. Seu poder de consumo é de 0,04% (est. 2005).
Com cerca de 10% da população vivendo na zona rural, o município tem no campo uma importante fonte de renda. A produção agrícola baseia-se nas culturas do arroz, milho, mandioca, tomate, feijão, algodão herbáceo, banana e cana-de-acúcar. A produtividade ultrapassa as 15 mil toneladas anuais. As condições edafoclimáticas da região são favoráveis à agricultura, entretanto, apresenta algumas limitações em relação ao clima, principalmente no período chuvoso (dezembro a fevereiro), onde ocorrem veranicos (períodos secos); dificultando o sucesso da produção agrícola. Também são favoráveis à agricultura intensiva, mas a deficiência de água, em grande parte devida ao baixo índice pluviométrico, dificulta o sucesso da produção agrícola. Existem áreas inundáveis, bem como áreas semi-áridas com dificuldade de estruturar um sistema de irrigação. Dessa forma não seria possível desenvolver culturas permanentes como é o caso de um grande número de espécies frutíferas. O município é o quinto produtor de lã e o quarto produtor de mel de abelha do estado.
A região de Corumbá apresenta grande aptidão também para a pecuária, possuindo os maiores rebanhos ovinos, eqüinos e asininos de Mato Grosso do Sul. O rebanho bovino, que totaliza 1.811.254 cabeças, continua obtendo a 1ª posição entre os 5.564 municípios brasileiros.
Apesar de o setor industrial ser incipiente, a arrecadação por ele gerada supera os setores de pecuária e agricultura, característicos do estado como um todo. Na indústria de transformação, é representativa a produção de cimento, calcário, laticínios e os estaleiros. Segundo o IBGE, Corumbá tem um total de 98 indústrias de transformação. Principais Ramos: Industria extrativa, entreposto de pescado, frigorífico de bovinos, produção de cimento, produção de concreto, calcário, mineradoras, metalúrgica, produtos alimentícios, minerais não metálicos, editorial e gráfica, madeira, perfumaria, sabões e velas, álcool etílico e vinagre.
Outra atividade industrial importante é a extração mineral (extração da Mineração Corumbaense Reunida (extração de ferro), Urucum Mineração (extração de manganês) e da fábrica de cimento Itaú (extração de calcário, extração de areia e fabricação do cimento)). Em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, que se destaca o manganês (possui a maior reserva do Brasil) e o ferro (terceira maior do Brasil). A exploração ali começou em 1930. No caso da Ferroligas, apenas é feito o beneficiamento do manganês. O manganês é extraído das minas subterrâneas do Maçiço do Urucum e o ferro á céu aberto. No caso do manganês, suas minas estão entre as maiores do mundo, podendo ser extraído 30 milhões de toneladas. Corumbá também é a maior produtora dos seguintes minérios: dolomito, cristal de rocha, areia, argila, água mineral, calcita ótica e industrial, cobre e mármore.
Segundo o IBGE, em 2006 foram 1.080 estabelecimentos comerciais em toda a cidade. Em Corumbá não há shopping Center, mas possui vários outros centros de compras menores que são chamadas de galerias, além de supermercados, hipermercados, lojas de conveniências, mercados e mercearias. Do outro lado da fronteira há uma zona franca com vários centros comerciais e shopping centers (Dutty Free) que vendem produtos á preços bem mais baixos que do lado brasileiro, inclusive alimentos.
Além disso na cidade está sediada também aeroportos, porto de cargas, bancos, restaurantes, bares, danceterias, escolas, órgãos públicas importantes (Ministério da Defesa, Ibama, Embrapa, Polícia, Receita Federal, entre outras) para o atendimento e bem-estar da população e turistas.
Crescimento da população | |
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1910 | 14.542 |
1920 | 19.547 |
1940 | 29.521 |
1950 | 38.734 |
1960 | 59.556 |
1970 | 81.887 |
1980 | 81.129 |
1981 | 81.707 |
1982 | 82.391 |
1983 | 83.078 |
1984 | 83.763 |
1985 | 84.445 |
1986 | 85.121 |
1987 | 85.788 |
1988 | 86.441 |
1989 | 87.076 |
1990 | 87.697 |
1991 | 88.411 |
1992 | 88.533 |
1993 | 89.583 |
1994 | 91.119 |
1995 | 92.617 |
1996 | 89.083 |
1997 | 89.470 |
1998 | 89.791 |
1999 | 90.113 |
2000 | 95.701 |
2001 | 96.599 |
2002 | 97.238 |
2003 | 97.948 |
2004 | 98.655 |
2005 | 100.268 |
2006 | 101.089 |
2007 | 101.902 |
2008 | 99.196 |
2009 | 99.467 |
A população de Corumbá se mantém em crescimento quase constante, desde 1980, com taxas médias geométricas de crescimento anual abaixo de 2%, segundo os resultados dos Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000, nos quais se verificam taxas de 0,78%, 0,76%, e 1,81%, respectivamente. Nos últimos anos, em razão de uma melhor qualidade de vida, a população está envelhecendo e a taxa de fecundidade está diminuindo.
Corumbá estava em contínuo progresso e seu porto era atracado por embarcações nacionais e estrangeiras de grande calado. Com o impulso do desenvolvimento local, mais estrangeiros foram chegando. Com isso já havia na cidade uma enorme composição de estrangeiros, que chegaram a superar numericamente o número de brasileiros.
Em seu espaço de fronteira de linhas fictícias, permeado de indígenas, é palco de fluxos populacionais oriundos de outros lados do país, como cariocas, paulistas, nordestinos, mineiros e sulistas, confirmando assim seu caráter cosmopolita.
Possui uma taxa de urbanização muito elevada, atingindo cerca de 90%. Atualmente, a população de Corumbá ultrapassou os 95 mil habitantes, colocando sua classificação de cidade média-pequena para média. O alto grau de urbanização da população é retratado na arrecadação do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana, 22,35% da renda municipal, e a prestação de serviços, 27,35%, indicando que a população é beneficiada pela prestação de serviços diversos como abastecimento de água e esgoto, telefonia fixa e móvel, dentre outros. Conserva prédios e casarios de influência européia, com suas histórias, costumes e tradições.
Ao mesmo tempo que a cidade, com os primeiros grandes edifícios, ensaia sua concentração vertical, ela amplia seu perímetro urbano em direção a via de acesso a Ladário. Corumbá estende-se por dois níveis:
Está situada embaixo da elevação calcária e se comunica através de duas ladeiras, com uma elevação de mais ou menos 60 metros (esta parte que estava em contato com as águas do rio é o Porto Geral, conhecida também como Casario do Porto). É compreendido principalmente pelas vias: Rua Manoel Cavassa, Ladeira José Bonifácio, Ladeira Cunha e Cruz, Travessia Mercúrio e Travessia do Beco da Candelária. Possui edificações do final do século XIX e início do século XX com notável valor arquitetônico, como o Edifício Wanderley Baís & Cia e o Edifício Vasquez e Filhos. E era aí também que estavam o alto comércio e onde existiam as casas maioristas de importadores e exportadores. Também haviam importantes edifícios públicos e comerciais que se elevavam até três andares, como a Alfândega, a Mesa de Rendas do Estado, entre outros;
Mais nova e bem maior, apresenta a forma de tabuleiro de xadrez e está situada sobre a elevação calcária. É compreendido principalmente pelas vias: General Rondon, Antonio Maria Coelho, Frei Mariano, XV de Novembro e Sete de Setembro. Somente na parte alta, foram criados cerca de 20 bairros, que crescem e se desenvolvem cada vez mais. É ali que se localizam as casas de bazar, bijuterias, relojoarias, bebidas, modas, drogarias, farmácias, livrarias e papelarias, ou seja, o comércio retalhista e o varejo. Teve suas edificações erguidas, em sua maioria, no início do século XX. O mapa da cidade, de 1914, se resumia no quadrilátero entre as Ruas Oriental e Ocidental (hoje Edú Rocha), e a Colombo até a Avenida Marechal Rondon. As edificações antigas, que formam o conjunto arquitetônico, entretanto, estão na Marechal Rondon, Antonio Maria Coelho, Frei Mariano, XV de Novembro e Sete de Setembro. Encontravam-se também imponentes prédios como a Escola Estadual, o quartel do 13° Distrito Militar, a Sociedade Beneficente Italiana, a Intendência Municipal, o Correio, Telégrafo, Quartéis, a Igreja local e a Escola dos Padres Salesianos, entre outros.
Do ponto de vista urbanístico, não tem nenhuma semelhança com as antigas cidades brasileiras (onde predominam o romântico estilo colonial português). Sua arquitetura foi erguido pelos comerciantes e é baseada em art-noveau e no neoclássico italiano, sendo o mesmo estilo existente na parte central de Assunção, nos subúrbios antigos de Buenos Aires, nas cidades do interior do Uruguai e a maioria das cidades gaúchas da Campanha. Em razão disso, tem características de uma cidade platina dentro do Brasil. Atualmente a arquitetura corumbaense mescla o antigo e o moderno. A cada dia surgem novas e modernas edificações no município, que é dividido em três setores: o centro, a parte baixa, no beira rio, e a parte alta, após os trilhos da Rede Ferroviária e próxima as morrarias.
Corumbá possui uma arquitetura de época que procurava soluções mais baratas, sendo que vários edifícios que sofreram influência eclética. Sendo um misto de várias referências de época, possuia casarões com estrutura metálica e paredes de pedra (alguns dispondo no começo do século de elevadores hidráulicos e banheiras nos pavimentos superiores e banheira que eram enchidas com água trazida do rio ali na frente). Havia telhados com quatro águas, sacadas apoiadas por consolos ou cachorros, platibandas com balaústres. Possuia também elementos decorativos que ficavam na fachada frontal que compunha uma linguagem de arquitetura de forte influência histórica européia.
O cenário local se encontra num contexto sócio-espacial que determina um território com uma vasta descrição de elementos espaciais que o modelam e implicam no arranjo (ou rearranjo) dos processos locais e regionais, tendo em vista uma situação fragmentária que se desenha diante da fragilização da economia e que se agrava em razão dos tempos exigentes de velocidade decorrentes dos requisitos da competitividade do sistema capitalista selvagem.
Contraditoriamente, a estruturação do espaço regional é fragmentada pela exclusão e desigualdade social e econômica, além dos conflitos gerados em função da falta de um sistema produtivo que envolva toda a população da região, aproveitando o potencial de funções possíveis que podem ser disponibilizadas à sociedade. Na região a modernidade coexiste com o anacronismo que abarca o conjunto de práticas e conceitos da época dos pioneiros, e tal situação decorre da abismal desigualdade social: os nativos acabam engrossando a periferia urbana, já que seu território foi invadido e posteriormente expulsos, ficando nas cidades sem identidade cultural e sofrendo discriminação, devido às dificuldades de adaptação aos trabalhos que são submetidos.
A urbanização vem ao longo dos anos sofrendo impacto do sistema produtivo e a cada década sistematicamente ajusta-se sua estrutura ao modelo sistemático social. E aliada á situação de ruptura do desenvolvimento econômico de Corumbá, a grave situação das comunidades nativas que se encontram na periferia da cidade, condicionados á desigualdade e desestruturação econômica e social, e submetidos a exclusão social, marginalidade e miséria, com a perda do seu referencial cultural, religioso e étnico. Cabe mencionar os habitantes da zona rural, que sem perspectivas, acabam se juntando com as comunidades da periferia. Aliado a esse cenário, a população indígena tem suas terras devassadas pelo poder dominante e encontram-se sem amparo político. A desaceleração dos processos locais encontram expressão particular na dinâmica do município. Alguns pontos:
Corumbá é um celeiro de celebridades, possuindo entre outros Delcídio Amaral (engenheiro eletricista e político, atualmente Senador da República com destaque nacional. Presidiu a CPI dos Correios em 2005) e Apolônio de Carvalho (militar e importante liderança comunista que foi um dos fundadores do PCB. Deixou o Brasil durante a ditadura de Getúlio Vargas, tendo passado grande parte de sua vida na Europa, onde lutou contra o nazi-fascismo ao lado das tropas da Resistência na França, o que o tornou um humanista de renome internacional). Abaixo outras pessoas famosas no Brasil e no Mundo nascidas na cidade:
Nome | Profissão/características |
---|---|
Agripino Magalhães Soares | músico e artesão popular corumbaense, nascido ao norte do rio Paraguai. Estivador aposentado, despertou já maduro para a difusão da cultura ancestral e a preservação da viola-de-cocho e das danças pantaneiras Ciriri e Cururu, na década de 1980, com o importante apoio da professora Eunice Ajala Rocha, então secretária de Educação e Cultura de Corumbá, formando um grupo de remanescentes violeiros para resgatar essas danças ancestrais. Mais tarde, com o apoio da então diretora da Casa de Cultura Luiz de Albuquerque Heloísa Urt, começou a participar de projetos de elaboração da viola-de-cocho, com financiamento da Funarte |
Ângela Maria Pérez | poeta e ambientalista corumbaense, dedicada às causas sócio-ambientais desde tenra idade. Ainda jovem fundou a Sociedade Ecológica Amigos do Pantanal (SEAPAN), a primeira entidade ecológica do Pantanal |
Augusto César Proença | escritor, cronista e memorialista corumbaense, autor de "Snack Bar", "Pantanal: Gente, tradição e história" e "Corumbá de todas as graças" |
Borges de Barros | humorista e dublador |
Carlos de Castro Brasil | poeta e ex-político |
Carlos Edú Monteiro | futebolista, atacante do Real Potosí da Bolívia |
Cleto Leite de Barros | médico e pecuarista corumbaense, tendo-se dedicado à defesa do Pantanal e de seu desenvolvimento sustentável desde a década de 1950. Homem de grande erudição, é um dos maiores divulgadores da cultura do Pantanal, empenhando-se muito na difusão da obra da Dama das Artes Plásticas Wega Nery e do benemérito Gabriel Vandoni de Barros. |
Clio Proença | poeta, cronista e radialista corumbaense. Célebre por seu lendário programa "Janela aberta para a cidade" na Rádio Difusora Mato-grossense durante a década de 1960 |
Constantino Ramão da Silva (Costa) | militar da reserva e importante incentivador do esporte amador e do carnaval desde a década de 1940. Fundador de várias entidades desportivas e carnavalescas, entre as quais as pioneiras "Democráticos do Samba" (1943) e "Associação dos Veteranos Amigos da Esplanada - AVAE" |
Dorival Knipel | goleiro e técnico de futebol |
Dary Jr | jornalista de raro talento e reconhecidamente ético, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Paraná, tendo sido repórter das principais emissoras de televisão de Mato Grosso do Sul nas décadas de 1980 e 1990, quando se transferiu para o Sul do Brasil, onde logo depois foi um dos mais brilhantes repórteres da Rede Globo e de suas afiliadas. Atualmente é líder da banda de rock Terminal Guadalupe, uma das maiores revelações de 2007, tendo sido contemplada por duas generosas reportagens da revista Veja, da Editora Abril |
Elvécio Zequetto | renomado árbitro de futebol que já apitou diversos jogos pelo campeonato brasileiro de futebol da série A |
Gabriel Vandoni de Barros | advogado e benemérito corumbaense, pioneiro em obras sociais e culturais no coração do Pantanal, tais como Creche-Lar Santa Rosa, Estrelinha Verde, Casa de Massa-Barro, Museu Regional do Pantanal, Biblioteca Gabriel Vandoni de Barros, entre outras iniciativas de inestimável valor. No ano do centenário de seu nascimento (2007), sua memória está sendo resgatada sobretudo pelas gestões do médico e benfeitor Cleto Leite de Barros junto à administração municipal |
Hélio de Oliveira Santos | prefeito de Campinas, em São Paulo |
João Ramão Pinto Monteiro (Jorapimo) | emblemático artista plástico de renome internacional, cujos traços peculiares hoje são o símbolo maior da pintura sul-mato-grossense |
Jorge José Katurchi | dirigente empresarial de grande sensibilidade social, um dos coordenadores do Pacto pela Cidadania (Movimento Viva Corumbá), que em meados da década de 1999 liderou a luta pela Área de Livre-Comércio de Corumbá e Ladário, projeto apresentado pelo ex-senador Ramez Tebet no Senado da República |
José Feliciano Batista Neto | advogado e jornalista corumbaense, um dos fundadores da Folha da Tarde (1956) e dos dirigentes da Rádio Difusora Mato-grossense (décadas de 1960 e 1970). Foi um grande defensor do Pantanal e um dos incentivadores do reconhecimento do comércio e do turismo como atividades sustentáveis no Pantanal |
José Fragelli | político corumbaense, ex-governador de Mato Grosso, ex-presidente do Senado da República e presidente interino da República durante o governo do presidente José Sarney |
Lobivar de Mattos | poeta e escritor corumbaense do início do século XX caracterizado pela singular sensibilidade social |
Luciano Gibaile Arévalo | nascido em 4 de Junho de 1978, começou a estudar música e dedicar-se à composição literária no início da década de 1990 aos 16 anos de idade. Formado em Letras pela UFMS em 2003, plurimusicista, é diversificado por assumir em suas obras e arranjos estilos eruditos e populares sendo maestro, compositor, arranjista e coordenador, através da Fundação de Cultura do Pantanal de Corumbá, do Coral Municipal Cidade Branca (2005), de grande representatividade no cenário corumbaense pelo ensino da música em diversas vertentes, possui especialização em música coral infantil e adulto nos estados do Paraná e São Paulo. Em Janeiro de 2008, concluiu o curso de regência em orquestra sinfônica, no festival Música nas Montanhas, em Poços de Caldas, Minas Gerais |
Luiz Taques | jornalista e escritor contemporâneo, detentor do Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) |
Mário Calábria | famoso embaixador que atualmente reside na Alemanha. Chegou a publicar um livro |
Márcio Nunes Pereira | jornalista, ex-diretor do Diário de Corumbá, falecido em 1997. Destacou-se por sua combatividade e singular faro jornalístico. Em sua breve e controvertida vida jornalística não teve medo de fazer denúncias memoráveis, acolhendo repórteres marginalizados em outros meios e sobretudo dando chance a novos profissionais, que sempre encontraram nele um incansável incentivador |
Pedro de Medeiros | poeta corumbaense, autor de "Lenda Bororo", que descreve Corumbá e o rio Paraguai com maestria e singularidade |
Pedro Gonçalves de Queiroz (Papito) | emblemático radialista e jornalista esportivo de grande transcendência durante mais de quatro décadas em Corumbá e região pantaneira. Grande incentivador do esporte e do carnaval popular |
Salomão Baruki | médico radiologista, político e professor universitário corumbaense, tendo sido secretário de estado de Educação e Cultura de Mato Grosso e vice-reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso, de cuja fundação participou, na década de 1960. Já aposentado, como empreendedor incansável, decidiu-se por criar o Instituto de Ensino Superior do Pantanal (IESPAN), com o intuito de criar depois a Universidade do Pantanal, projeto interrompido com seu súbito falecimento, em 2001. O IESPAN atualmente está vinculado à Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) |
Wega Nery | artista plástica de renome internacional, um dos maiores ícones das artes plásticas desde a década de 1960, quando participou de um importante movimento da tendência impressionista |
Corumbá é a cidade do estado que mais recebe turistas, sendo conhecida como Cidade Branca pela coloração de seu solo, rico em calcário. Hoje, com o Pantanal ocupando 60% de seu território, é considerada a Capital do Pantanal, sendo também sua porta de entrada. O turismo vem ajudando a desenvolver o mercado de trabalho associado com a pesca esportiva. Está em estudo o lançamento do Capital do Pantanal Convention & Visitors Bureau.
Corumbá é considerada o centro mais adiantado do estado de Mato Grosso do Sul para eventos e lazer, sendo a cidade que mais sedia eventos em todo o estado. Dispõe de produtoras e organizadoras de eventos e lançamento de novos produtos, centros para convenções e exposições. Relação dos principais locais onde ocorrem eventos e apresentações da cidade de Corumbá:
A cada dia que passa o ecoturismo e a pesca se transforma na fonte de renda e empregos da região de Corumbá. O turismo de pesca é realizado às margens dos rios Paraguai (Porto da Manga, baía de Albuquerque, foz dos rios Abobral, Miranda, Morrinhos e Porto Esperança). O eco turismo também já começa a ser explorado, apesar de timidamente.
A cultura corumbaense é composta de influências originárias dos estados e países de seus povoadores: entre as principais destas influências estão as culturas carioca, nordestina, paulista e sulista e de países como Itália, Síria,Palestina, Líbano, Bolívia e Paraguai. Ainda partilha a cultura do estado em que está inserido, o Mato Grosso do Sul. Nesse caso poderemos retornar ao passado recente na época em que a cidade sofreu a influência dos paídes do prata, herdando grande parte de seus costumes e hábitos, e no caso dali foi mais fácil pois a cidade era isolada geograficamente. Dessa época acabou conservando os seus prédios históricos de influência européia, sua histórias, tradições e costumes. Atualmente a cidade é considerada o centro cultural mais adiantado do estado de Mato Grosso do Sul.
Seu artesanato pode ser encontrado à venda, entre outros lugares, na Casa do Artesão, onde encontram-se peças que representam animais da região e do Pantanal. Estes trabalhos muitas vezes apresentam detalhes em madeiras típicas da região. Também é possível encontrar peças, como argila, que possuem utilidade mais que puramente decorativa. Outros núcleos de artesanato da cidade são:
Até o ano de 1914, para ter acesso a qualquer parte do Brasil, os corumbaenses não tinham outra opção senão o rio da Prata, sendo obrigada a passagem por Assunção, Buenos Aires ou Montevidéu. Os costumes e linguagem platinas acabaram sendo absorvido pelos corumbaenses. Essa convivência com os países platinos acabou sendo muito acentuado justamente por causa dessa relação em função do transporte fluvial. Por causa das influências Corumbá teve seus costumes baseados no folclore portenho, sendo muito comum na mesma época grandes empresários locais passarem por Montevidéu via rio Paraguai até chegar a Porto Alegre e Rio de Janeiro para assistir a algumas peças teatrais. As viagens eram feitas no Fernando Vieira, luxuoso navio com 100 camalotes de primeira classe, navio esse que também trazia as principais companhias de teatro do Rio de Janeiro e cidades do Prata para fazer a apresentação no Bijou-Teatro, que era a maior casa de espetáculos da cidade, na época com 500 lugares. A diversão e entretenimento amenizava a sensação de isolamento que existia na região, e por causa disso o rio Paraguai era o único meio de transporte e comunicação. Por causa do isolamento a cidade acabou recebendo influência cultural desses países do prata, e se faz perceber mais na música, gastronomia e sotaque. No ano de 1913 um oficial das forças armadas, em visita a cidade, falou ao chegar a Corumbá: no hotel, no bar, nas casas de comércio, por toda parte, ouve-se falar todas as línguas nessa longínqua e pequena babel e não serei exagerado em falar que o português não é o idioma que mais se fala. Esse é um depoimento que revelava a influência estrangeira que existia em Corumbá na época. Na zona rural as bombachas, guaiacas e outros utensílios fazem parte da vestimenta de vaqueiros e donos de fazendas, além dos próprios pantaneiros. Liguisticamente o muito obrigado era substituído por gracias. Também foram incorporadas palavras como chalana, buenas ao invés de boa tarde, bolita ao invés de bola de gude, pandorga ao invés de papagaio, bolicho ou venda ao invés de armarinho ou boteco, termos estes trazidos por argentinos e paraguaios. O jogo de carta mais praticado pelos corumbaenses era, principalmente nas fazendas, o truco espanhol. Há também outros hábitos adquiridos sob influência internacional foi o chimarrão, fumar o guarani (este não mais existente), ou de fazer a sesta.
Uma curiosidade em Corumbá é que o tango já chegou a ser a dança preferida da população corumbaense nos clubes sociais. Os corumbaenses são bastante tradicionalistas e festeiros por excelência, sendo responsáveis por um dos melhores carnavais do interior do Brasil. Mas não se baseiam apenas nas festas, pois as danças e religiosidade também fazem parte de sua cultura. Entre as danças se destacam:
Um dos pratos mais tradicionais da cidade provém de Portugal: O sarrabulho ou sarravulho. É simples mas extremamente saborosa, preparada a base de miúdos de boi. Também tem forte influência indígena, com pratos a base de raízes, milho e palmito. Sopa de piranha também é um prato típico. Também e muito apreciado o churrasco pantaneiro, dando preferência a alguns cortes típicos, como a lingüiça de maracaju e a ponta e capa da costela, conhecida também por matambre, que tanto pode ser cozida ou assada. Há também a culinária boliviana com as saltenhas (pastéis assados recheados com batata e diversos tipos de carne) e chipas, de origem paraguaia. Mas o que predomina é os peixes, principalmente pintado (ensopado ou assado), pacu (frito e acompanhado de pirão), jaú, piraputanga, piranha (frita, escabeche, ensopada ou em caldo) e dourado. Os preços dos restaurantes em Corumbá são baratos. Há opções de rodízios de pizzas e churrasco.
Uma bebida muito comum na cidade é o consumo do tereré (feito com infusão de erva-mate e água gelada), servido numa guampa geralmente de chifre de boi e com uma bomba, que é facilmente preparado e consumido nos encontros entre amigos e familiares. Existem regras bem definidas numa roda de tereré e que devem ser respeitadas. A bebida é consumida especialmente fim-de-semana acompanhada de música regional. Outra bebida muito consumida é um refrigerante chamado Mate chimarrão, a base de erva mate, mais consumido do que Coca-Cola.
Relação dos eventos e apresentações das cidades de Corumbá e Ladário.
Em corumbá o que mais se destaca em matéria de música são os samba-enredos tocados no Carnaval.
Principais grupos de teatro e dança na ativa em Dourados:
Corumbá dispõe dos seguintes centros culturais:
Corumbá tem uma vida noturna bastante rica e movimentada, especialmente nos fins de semana. A noite começa na Av. General Rondon, repleta de bares, chopperias e restaurantes que servem variados tipos de comida, possuindo também a opção de rodízios. Não deixe de parar nos mirantes para ver o reflexo da lua nas águas do rio Paraguai. Apesar de sua noite ser animada, Corumbá carece de salas de cinema e de teatros.
O predomínio é da religião católica, pertencendo a Diocese de Corumbá e tendo como padroeira Nossa Senhora da Candelária. Apesar disso, a religião evangélica cresce consistentemente, possuindo muitos adeptos e apresenta crescimento mais acentuado do que o catolicismo, especialmente na periferia. Como a maioria das cidades brasileiras, Corumbá começou a se desenvolver a beira de um rio e a sombra de uma igreja. Algumas edificações se mesclam a história da cidade.
Possui vários equipamentos esportivos que impulsionam mais o turismo esportivo e atraem milhares de pessoas: dois estádios (sendo o Artur Marinho o maior deles), 5 ginásios e dois times de futebol.
Os dois times de expressão da cidade são o Corumbaense Futebol Clube e o Pantanal Futebol Clube. Os estádios que recebem jogos oficiais são:
Para outros esportes há os ginásios:
A Constituição de 1988 determina um novo perfil a gestão de Corumbá, que passa a obter mais recursos financeiros do governo federal e adquire a si responsabilidades na saúde, educação e gestão ambiental. A política de Corumbá, através da legislação e gestão, desenvolve um papel importante através das ações que podem transformar seu destino nas áreas social, econômico, ambiental e territorial, já que a classe política (vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, ministros e presidentes) é detentor de poder. Nos últimos anos está havendo uma preocupação maior em criar mecanismos eficientes para definir a importância de Corumbá nas escalas estadual, nacional e mundial, através das ações políticas que foram desenvolvidas para esse fim. Com toda a aparelhagem legal disponível, dispõe de instrumentos que permitam a gestão do território ou que auxilie os grupos sociais organizados de forma eficiente nas reivindicações, visto que há leis para essa finalidade.
Empresas públicas mantidas pelo município, estado e união.
O poder legislativo em Corumbá é representado pela Câmara de Vereadores, que são responsáveis pela apreciação e aprovação de leis municipais. A cidade é representada por um total de 11 vereadores.
O poder executivo em Corumbá é representado pelo prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, que são responsáveis pela promulgação e aplicação das leis municipais. A gestão do prefeito torna-se mais fácil para o mesmo quando recebe apoio dos vereadores.
O poder judiciário em Corumbá é representado por alguns tribunais (como o Tribunal de Contas dos Municípios) e pela OAB, que são responsáveis pela fiscalização de leis municipais.
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