Município de Manaus | |||||
"Paris dos Trópicos" "Capital ambiental do Brasil." |
|||||
|
|||||
Hino | |||||
Aniversário | {{{aniversário}}} | ||||
---|---|---|---|---|---|
Fundação | 24 de outubro de 1669 (340 anos) | ||||
Gentílico | manauense; manauara | ||||
Lema | Nap dlise or armozen |
||||
Prefeito(a) | Amazonino Mendes (PTB) (2009 – 2012) |
||||
Localização | |||||
|
|||||
Unidade federativa | Amazonas | ||||
Mesorregião | Centro Amazonense IBGE/2008 | ||||
Microrregião | Manaus IBGE/2008 | ||||
Região metropolitana | Manaus | ||||
Municípios limítrofes | Norte: Presidente Figueiredo; Sul: Careiro e Iranduba; Leste: Rio Preto da Eva e Itacoatiara; Oeste: Novo Airão. | ||||
Distância até a capital | 3 390 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 11 401,058 km² | ||||
População | 1 738 641 hab. est. IBGE/2009 | ||||
Densidade | 152,50 hab./km² | ||||
Altitude | 92 m | ||||
Clima | equatorial Am | ||||
Fuso horário | UTC-4 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,774 médio PNUD/2000 | ||||
PIB | R$ 34 403 671 mil (BR: 6º) – IBGE/2007 | ||||
PIB per capita | R$ 20 894,00 IBGE/2007 |
|
Manaus (pronuncia-se AFI: [m?~'na??s]) é um município brasileiro, capital do estado do Amazonas e o principal centro financeiro, corporativo e econômico da região norte do Brasil. Situa-se na confluência dos rios Negro e Solimões. É a cidade mais populosa da Amazônia, de acordo com as estatísticas do IBGE, sendo uma das cidades brasileiras mais conhecidas mundialmente, principalmente pelo seu potencial turístico e pelo ecoturismo, sendo o décimo maior destino de turistas no Brasil. Manaus pertence à mesorregião do Centro Amazonense e à microrregião homônima. É localizada no extremo norte do país, a 3.490 quilômetros da capital federal, Brasília.
Fundada em 1669 com o forte de São José do Rio Negro. Foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaus, que significa "mãe dos deuses", em homenagem à nação indígena dos Manaós, sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual.
Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha. Nessa época foi batizada como Coração da Amazônia e Cidade da Floresta. Atualmente seu principal motor econômico é o Polo Industrial de Manaus, em grande parte responsável pelo fato de a cidade deter o 7º maior PIB do país, atualmente.
Sexta cidade mais rica do Brasil, a cidade possui a segunda maior região metropolitana do norte do país e a décima segunda do Brasil, com 2.006.870 habitantes (IBGE/2009). Em Manaus residem atualmente (2009) 1,73 milhão de pessoas, sendo a oitava cidade mais populosa do Brasil de acordo com dados do IBGE. A cidade aumentou gradativamente a sua participação no PIB brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia do país. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é o ranking da revista América Economía, no qual Manaus aparece como uma das 50 melhores cidades para fazer negócios da América Latina em 2009, ficando à frente de capitais de países como San Salvador, Caracas e La Paz. O crescimento constante de Manaus tentando se estabelecer como uma das cidades mais importantes não foi despercebido. Em 2008, o World Cities Study Group and Network (GaWC), do Reino Unido, incluiu o nome da cidade em uma lista de cidades classificadas por sua economia, cultura, acontecimentos políticos e patrimônios históricos. A cidade foi classificada na mesma categoria de outras áreas metropolitanas do mundo de grande destaque, como Ancara, Salt Lake City, Gaborone, Tashkent, Marselha e Durban, sendo que a cidade ficou acima de outras como Tijuana, Sevilha, Libreville e Halifax.
Sua área é de 11.401 km², representando 0.7258 % do estado do Amazonas, 0.2959 % da Região Norte e 0.1342 % de todo o território brasileiro. Desse total 229,5040 km² estão em perímetro urbano. Abriga a universidade mais antiga do Brasil, a Universidade Federal do Amazonas, fundada em 1909. A cidade representa sozinha 49,9% da população do Amazonas e 10,89% da população de toda a Região Norte do Brasil.
Índice |
Geograficamente, as regiões mais próximas do centro em Manaus são em geral mais ricas e desenvolvidas, enquanto as regiões mais afastadas tendem a ser mais pobres e mais carentes de infraestrutura urbana e habitacional, exceto em algumas áreas das Zona norte e Zona leste.
Atualmente, é a trigésima cidade mais populosa da América, ficando atrás de cidades como Valência, Barranquilla, Toronto e Guaiaquil e superando Guadalajara, Córdova, Phoenix, Mérida e Montevidéu. Em âmbito nacional, é o oitavo município brasileiro mais populoso, abrigando quase metade da população do estado. Manaus também está entre os cinco municípios com participação acima de 0,5% no PIB do país que mais crescem economicamente. É um polo atrativo de toda a região. Contudo, esse aumento populacional acarretou inúmeros problemas, como déficit habitacional, nos serviços de saúde e a infraestrutura urbana da cidade.
No âmbito do turismo, Manaus durante todo o ano recebe grandes quantidades de navios de cruzeiro, pois há acesso para transatlânticos através do rio Amazonas. Seu potencial turístico, porém, ainda pode ser melhor explorado, principalmente com relação ao ecoturismo.
Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/RJ), em parceria com a revista Você S/A, analisando 127 cidades do País, Manaus é a melhor cidade da Região Norte do Brasil para fazer carreira. As demais capitais da região, como Belém, Palmas, Porto Velho e Boa Vista aparecem nas quatro últimas posições no ranking da Região Norte. No ranking nacional da pesquisa, a capital do Amazonas aparece em 22º lugar.
Manaus é servida pelo Aeroporto Internacional de Manaus, o mais movimentado aeroporto do Norte do país e o terceiro do Brasil em movimentação de cargas, números alcançados devido à criação da Zona Franca de Manaus, que continua a impulsionar a economia da cidade e de todo o estado, com altos índices de crescimento no faturamento, ano após ano. O faturamento do Polo Industrial de Manaus foi grandemente superado no ano de 2008, com 20,19% a mais que no ano de 2007.
Fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro, a sede da Capitania e a sede da Província foi estabelecida na margem esquerda do rio Negro.
A origem do nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitante da região dos rios Negro e Solimões. A grafia antiga da cidade preservava o "O" e acentuava a vogal precedente: "Manáos". Na linguagem indígena, Manaus significa Mãe dos Deuses. No Século XIX a cidade chamava-se Barra do Rio Negro.
Ainda no passado, a palavra Manau era atribuída a uma das muitas tribos que habitaram o rio Negro. Os etnólogos afirmam que os índios Manau são de origem aruaque. Outras formas de se escrever o nome da cidade também foram utilizadas. Em 1862, na edição da tipografia escrita por Francisco José da Silva Ramos, o nome da cidade aparece com a grafia Manáus (acentuando a letra A e substituindo a letra O por U). Porém, na última página da tipografia, está grafado Manaos, nome comumente usado pelos habitantes da cidade e historiadores. Em uma manchete denominada Notizie Interessanti sulla Província delle Amazzoni – nel nord Del Brasile (em português:Notícias interessantes sobre a Província do Amazonas - Norte do Brasil), editada em Roma, em 1882, o nome da cidade está grafado Manaos repetidas vezes. O nome atual da cidade, Manaus, só foi grafado pela primeira vez em 1908, na tipografia do escritor Bertino de Miranda.
O período de povoação da Amazônia inicia-se entre os anos de 1580 a 1640, época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, tendo os portugueses penetrado no vale amazônico, sem desrespeito oficial aos interesses espanhóis. A ocupação do lugar onde se encontra hoje o município de Manaus foi demorada, devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata).
A história da colonização europeia na região de Manaus começou em 1669, com um forte em pedra e barro, com quatro canhões, guardando as cortinas. O Forte de São José da Barra do Rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa de Portugal na região, principalmente contra a invasão de holandeses, na época aquartelados onde hoje é o Suriname. O forte desempenhou sua missão durante 114 anos, tendo o seu primeiro comandante sido o capitão Angélico de Barros. A região onde está Manaus nem sempre pertenceu por direito a Portugal. Era parte integrante da Espanha, nos primeiros anos que sucederam ao descobrimento da América, mas foi ocupada e colonizada pelos portugueses. A 3 de junho de 1542 o Rio Negro foi descoberto por Francisco Orellana, que lhe pôs o nome.
Os primitivos habitantes dessa área, onde se encontrava o forte de São José da Barra do Rio Negro, foram as tribos Manáos, Barés, Banibas e Passés, muitos dos quais ajudaram na construção do Forte, por influência dos religiosos portugueses, e passaram a morar nas suas proximidades em palhoças humildes.
A tribo dos Manáos, considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão-de-obra escrava e entrava em confronto com os habitantes do Forte. Essas lutas só terminaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos Manáos através de casamentos com as filhas dos Tuxauas, dando início, assim, à intensa miscigenação na região e dando origem aos caboclos. Um dos líderes dos Manáos foi o indígena Ajuricaba, que se opôs à colonização dos portugueses e que, no entanto, apoiava os holandeses: Ajuricaba foi aprisionado e enviado ao Pará, tendo morrido em situação misteriosa, durante a viagem.
Devido à colonização portuguesa, foi efetuado um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar os traços e obras históricas dos povos indígenas. Pode-se notar isso pela destruição do cemitério indígena, onde se encontra, atualmente, a Praça Dom Pedro e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.
A população cresceu tanto que, para ajudar no Catecismo, em 1695 os missionários (carmelitas, jesuítas e franciscanos) resolveram erguer uma capela próxima ao forte de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade.
A Carta Régia de 3 de março de 1755 criou a Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (atual Barcelos), mas o governador Manuel da Gama Lobo D'Almada, temendo invasões espanholas, passou a sede novamente para o Lugar da Barra em 1791, por se localizar na confluência dos rios Negro e Amazonas, que era um ponto estratégico.
O Lugar da Barra perdeu seu status político-administrativo sob influência de D. Francisco de Souza Coutinho, Capitão-Geral do Grão Pará, que iniciou campanha contra a mudança de sede, o que levou a ser desfeito o ato através da Carta Régia de 22 de agosto de 1798 e, em maio de 1799, a sede voltou a Barcelos. Em consequência da perda de seu status, tornou-se inevitável a decadência do Lugar da Barra. Em outubro de 1807, o governador da Capitania, José Joaquim Victório da Costa, deixou Barcelos, transferindo a administração da Capitania definitivamente ao Lugar da Barra.
A partir de 29 de março de 1808, o Lugar da Barra voltaria a ser sede da Capitania de São José do Rio Negro, após proposta de D. Marcos de Noronha Brito ao penúltimo governador Capitão de mar-e-guerra José Joaquim Victório da Costa.
Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou à categoria de Vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei 145 da Assembleia da Provincial Paraense, adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, em vista de a vila ter assumido foros de cidade, cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 5 de setembro de 1850 foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Foi seu primeiro presidente João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1 de janeiro de 1852, com o que sua situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública e o primeiro jornal foi fundado em 5 de setembro. Entretanto, sua primeira edição só circulou a 3 de maio de 1851, já com o nome de "Estrela do Amazonas", de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se, ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais.
A 4 de setembro de 1856, pela Lei nº 68, já no decurso do segundo governo, de Herculano Ferreira Pena, a Assembleia Provincial Amazonense deu-lhe o nome de Cidade de Manaus, em homenagem à nação indígena Manáos.
A Cabanagem foi a revolta na qual negros, indígenas e mestiços se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará. A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas. Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas desbravaram todo o espaço do estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado.
No Rio de Janeiro, a República Federativa do Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A Província do Amazonas passou a ser o Estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor, orientou sua economia para atender à crescente demanda. Intensificou-se o processo de migração para Manaus de nordestinos e brasileiros de outras regiões, bem como a imigração de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis, gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas.
Em 1892, iniciou-se o governo de Eduardo Ribeiro, que teve um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento. Esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha. A cidade ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha iniciou os anos de 1900 com uma população em torno de 20 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.
Na fase áurea da borracha, a cidade foi referência internacional das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública. A cidade realizou grandes ações em parceria com cientistas internacionais, como foi o caso da erradicação da febre amarela, em 1913. No início do século XX, as ações de saneamento estiveram praticamente restritas a Manaus. A situação mudou após a criação do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que levou o saneamento para outras partes do Amazonas. A infraestrutura da época abrangia bases fixas de operação nas calhas dos principais rios e embarcações que percorriam as comunidades ribeirinhas. O auge do ciclo econômico transformou Manaus em uma cidade moderna, com as mesmas benfeitorias que chegavam ao Rio de Janeiro, a então capital federal. O desenvolvimento econômico proporcionou também grande circulação de ideias e permitiu o surgimento de um núcleo de médicos que estava a par das discussões científicas mais avançadas a respeito do combate às doenças tropicais. Atualmente, escolas de medicina tropical recém-criadas, como as de Londres e Liverpool, na Inglaterra, enviam missões frequentemente para Manaus.
Em 1910, Manáos ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados internacionais.
Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região.
O desempenho do comércio manauara tornou-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente. Manáos, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulhou em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entraram em estado de abandono.
Manaus está localizada na região central amazonense, na margem esquerda do Rio Negro.
É a maior cidade da Região Norte do Brasil, ocupando uma área de 11.401,058 km², tendo uma densidade de 144,4 hab./km². Várias ilhas, arquipélagos e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, tendo destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nas divisas com o município de Novo Airão, e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade. Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão.
Caracterizado por planícies, baixos planaltos e terras firmes, com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica; tornam-se bastante visíveis nas proximidades dos rios. Alguns desses sedimentos continuam a ser trazidos pelas correntezas, o que significa que a planície Amazônica ainda está em formação.
O clima de Manaus é considerado equatorial (tipo Af segundo Köppen), com aumento de chuvas no verão e temperatura média anual de 33,9 °C, tendo uma umidade relativa elevada durante o ano, com médias mensais entre 76 e 89%.
Devido à proximidade da linha do equador, o calor é uma constante do clima local. São inexistentes os dias de frio no inverno, e raramente massas de ar polar muito intensas no centro-sul do país e sudoeste amazônico têm algum efeito sobre a cidade, como ocorreu em agosto de 1955. A proximidade com a floresta normalmente evita extremos de calor e torna a cidade úmida.
Temperatura e precipitação média em Manaus | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura média °C | 31,6 | 31,2 | 32,2 | 32,4 | 33 | 33,5 | 33,5 | 35,8 | 38,6 | 38,7 | 34,1 | 32 | 33 |
Mínima temperatura média °C | 23,3 | 23,4 | 23,4 | 23,5 | 23,4 | 22,8 | 22 | 22,6 | 23,1 | 23,3 | 25,6 | 28 | 24 |
Máxima temperatura média °C | 36,1 | 37,3 | 37 | 38 | 35,4 | 35,1 | 34,8 | 36,2 | 37,5 | 39 | 37,3 | 38,2 | 37 |
Precipitação média mm | 250,5 | 270 | 310,2 | 300,5 | 240,8 | 110 | 95,4 | 55 | 80,7 | 125,3 | 170,6 | 185,9 | 2194,9 |
A precipitação média anual é de 2.194,9 mm, sendo agosto o mês mais seco, quando ocorrem apenas 55 mm Em março, o mês mais chuvoso, a média fica em 310,2 mm.. As estações do ano são relativamente bem definidas no que diz respeito à chuva: o inverno é relativamente seco, e o verão chuvoso.
A menor temperatura já registrada oficialmente em Manaus foi de 17,2 °C, em agosto de 1955, na estação do Inmet. Já houve ocorrências pontuais de chuva de granizo na cidade, a única não-oficialmente registrada foi a 25 de junho de 1989. Há registros esporádicos não-oficiais que indicam precipitação de chuvas de granizo em anos anteriores. A máxima registrada foi de 38,0 °C, no dia 30 de setembro de 1965, também na estação do Inmet, mas, durante o período chuvoso, já houve vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos 28 °C. Em 2009, a temperatura recorde da cidade ocorreu no dia 29 de setembro, quando foram registrados 40,9 °C, superando até mesmo os 36,1 °C registrados no dia 21 de agosto.
No dia 26 de novembro de 2009, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou caso de chuva ácida em Manaus. Segundo o Inmet, a poluição do ar, causada em grande parte pelo acúmulo de fumaça de queimadas, associada ao dióxido de carbono emitido por carros, provocou chuva ácida na cidade. Apesar de a incidência de chuva ácida ser comum em algumas capitais brasileiras onde há grande concentração de carros, em Manaus e em outras cidade do Amazonas a situação se agrava com o período prolongado de estiagem com a fumaça das queimadas.
A vegetação da capital é densa, e tipicamente coberta pela floresta Amazônica. Com uma flora diversificada, abriga vários tipos de plantas, além da vitória-régia, uma espécie aquática ornamental.
Existem plantas bem próximas umas das outras, o que torna a vegetação úmida e impenetrável. Há espécies com folhas permanentes, encarregadas de deixar a floresta com um verde intenso o ano todo.
Manaus é tida como a "Capital Ambiental do Brasil", pelo seu extraordinário recurso natural. Cerca de 98% dos 11.401,058 km² da área do município está intacta.
Os rios que passam por Manaus são o Negro e o Solimões e, ao se encontrarem, formam o grande rio Amazonas.
Toda a fauna da floresta tropical úmida presente na Amazônia também se encontra na cidade. Nas áreas rurais do município, há inúmeras espécies de plantas e pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos.
Os grandes mamíferos da água, como o Peixe-boi e o Boto, são encontrados principalmente em regiões sem muita movimentação do Rio Negro, em lagos encontrados no bairro Tarumã e também em alguns reservatórios da cidade, como o Instituto Nacional de Proteção da Amazônia (INPA). Algumas árvores de origem amazônica, como a Andiroba e Mafumeira (também conhecida como Sumaúma), são encontradas em parques da cidade como o Parque do Mindu e Parque Estadual Sumaúma. Este último recebe este nome em razão da grande quantidade de árvores mafumeiras que possui e atualmente é um parque estadual. Répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Em algumas regiões ao longo do Rio Amazonas, floresce a planta Vitória-régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.
A cidade conta com importantes parques e reservas ecológicas, como o Parque do Mindu, o Parque Estadual Sumaúma, o Parque Ponte dos Bilhares e o Jardim Botânico Adolpho Ducke - o maior jardim botânico do mundo - entre outros.
A poluição do ar na cidade é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade e às indústrias pertecentes ao Polo Industrial de Manaus.
Além da poluição atmosférica a cidade sofre também com o aumento poluição hídrica em seus dois principais rios, o Rio Negro e o Rio Solimões. Atualmente o rio Negro passa por um programa de despoluição que dura alguns meses. O processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos; desta forma, devido à dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as de mananciais.
O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: apesar de possuir muitas fontes de água em seu próprio perímetro, Manaus sofre com a falta de água para a população da zona leste. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela expansão urbana.
Manaus Crescimento populacional por ano |
|
---|---|
1800 | 10.000 |
1822 | 14.000 |
1872 | 38.998 |
1890 | 52.421 |
1900 | 73.647 |
1920 | 179.263 |
1940 | 272.232 |
1950 | 279.151 |
1960 | 321.125 |
1970 | 473.545 |
1980 | 922.477 |
1990 | 1.011.403 |
2000 | 1.402.590 |
2005 | 1.524.690 |
2006 | 1.688.524 |
2007 | 1.646.602 |
2008 | 1.709.010 |
2009 | 1.738.641 |
A população de Manaus é de 1.738.641 habitantes(conforme contagem realizada pelo IBGE em 2009), o que a coloca na posição de oitava cidade mais populosa brasileira, após São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba. Destes, 52,07% da população são mulheres e 47,93% são homens. O crescimento populacional de Manaus é superior à média das capitais brasileiras. A cidade cresce 10% acima da média das capitais do país.
A maior parte da população encontra-se nas regiões norte e leste da cidade, sendo a Cidade Nova (norte) o bairro mais populoso, com mais de 300 mil moradores.
Com o início da industrialização na cidade, após a instalação do Polo Industrial de Manaus em 1967, o crescimento demográfico e populacional aumentou significativamente, tanto na cidade quanto em regiões e até outras cidades próximas. Segundo os resultados dos últimos censos, a população da cidade elevou-se de 343.038 habitantes, em 1960, para 622.733 habitantes em 1970. Daí até 1990 a população cresceu para 1.025.979 habitantes, elevando sua densidade para 90,0 hab./km². Em termos percentuais, o aumento populacional da cidade entre 1960 e 1970 foi de 40% enquanto que de 1970 a 1980 foi de 94%.
A cidade apresenta bons índices, constituindo-se um ótimo lugar para concentração de investimentos. O IDH-M é de 0,774 e o ICV é de 0,835. A esperança de vida na cidade é superior a 63 anos. 76,9% dos domicílios são atendidos pela rede de distribuição de energia elétrica, 64,61% pela rede de esgoto e 86,54% são atendidos pela coleta de lixo. 68,61% contam com abastecimento de água.
Até meados da década de 1970, os espaços urbanos e aglomerados estavam limitados às zonas administrativas sul, centro-sul, oeste e centro-oeste. A área portuária da cidade era intensamente povoada, com pouca densidade nas regiões norte e leste.
Após a criação da Zona Franca de Manaus, a cidade recebeu inúmeras migrações, e outras áreas e novos bairros na cidade foram surgindo. Muitos surgiram através de ocupações irregulares, como é o caso do bairro Coroado, que ocupou parte da área verde pertencente à Universidade Federal do Amazonas na década de 1970.
No início da década de 1980 iniciou-se um intenso processo de ocupação das áreas periféricas da cidade. A expansão para as zonas administrativas leste e norte, seja por ocupações regulares ou irregulares, marcaram o início do uso do solo estratificado e as novas ocupações que foram se formando na cidade já surgiram bem mais marcadas pelo nível de renda dos seus habitantes. Muitos dos maiores bairros que existem atualmente na cidade surgiram nessa década. Entre eles, os bairros de São José Operário, Zumbi dos Palmares, Armando Mendes e Cidade Nova. A grande concentração populacional nas zonas leste e norte são responsáveis pelo agravamento de problemas relacionados à ocupação desordenada do solo, destruições da cobertura vegetal, poluição dos corpos d'água e deficiência do saneamento básico.
O crescimento urbano de Manaus foi o maior da região Norte . Nos últimos dez anos, a cidade transformou-se em um dos municípios mais populosos do Brasil, o que apresentou a maior taxa média geométrica de crescimento anual. A taxa de crescimento urbano em Manaus tem sido maior que a taxa nacional , apesar de ter sofrido uma queda no último censo.
A intensa urbanização da cidade, muitas vezes de forma desordenada, ao longo das décadas de 1980 e 1990, contribuíram para que sua área urbana perdesse cerca de 65% de cobertura vegetal, sendo que cerca de 20% foram degradadas em menos de vinte anos, entre 1986 e 2004.
O crescimento urbano de Manaus concentra-se, sobretudo, na região norte da cidade . Podemos afirmar que as regiões sul, centro-sul e centro-oeste estão consolidadas enquanto espaço urbano em toda sua extensão . A região leste, apesar de possuir uma imensa área ainda não ocupada efetivamente, não dispõe mais de espaços, pois a área que pertence à Zona Franca de Manaus representa 45% do total da área da região .
Manaus é uma cidade marcada pelos traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses. Manaus cresceu assim, viveu a fase da riqueza da borracha, mas voltando um pouco atrás na história, não se pode esquecer a importância dos ameríndios no quesito contribuição étnica. Foram os ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia e seus descendentes caboclos desenvolveram-se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando-se às peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta.
Na sua formação histórica, a demografia de Manaus é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro, formando, assim, os mestiços da região (caboclos) Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente japoneses, árabes e judeus, na sua maioria marroquinos, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida.
Pardos - caboclos, mulatos e cafuzos - (58%), brancos (34%), Afro-brasileiros (3%) , indígenas (4%) e amarelos (principalmente descendentes de japoneses) (0,1%).
É possível notar um respeitável contingente de pessoas de outros estados, sobretudo nordestinos. Cearenses, paulistas, maranhenses e gaúchos fazem-se bastante presentes. No época do auge da borracha e a instalação da Zona Franca de Manaus, entre o séculos XIX e a década de 1960, passaram a migrar para a região Norte, especialmente para o Amazonas e Acre em busca de melhores condições de vida e trabalho. Com a melhoria estrutural de outras regiões do país e os problemas resultantes da superpopulação nas grandes cidades, a migração nordestina diminuiu consideravelmente.
Tal qual a variedade cultural verificável em Manaus, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos manauenses se declara católica, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do candomblé, do islamismo, do judaísmo, do espiritismo, entre outras. Nos últimos anos, o budismo, o mormonismo e as religiões orientais têm crescido bastante na cidade. Estima-se que encontram-se mais de mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas pela cidade.
Na administração da Igreja Católica, o município é abrangido pela Arquidiocese de Manaus. Nas suas origens, Manaus tem muita ligação com Nossa Senhora da Conceição. A cidade possui várias paróquias: Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Dom Bosco, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora dos Remédios, Sagrado Coração de Jesus, São José Operário, São Sebastião, Nossa Senhora do Carmo, Santa Rita de Cássia, Santíssima Trindade, São Francisco de Assis, São José - Belo Horizonte, São Pedro Apóstolo, Nossa Senhora do Rosário, Santa Catarina de Sena, Sagrada Família, Coração Imaculado de Maria, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Santa Luzia, São Francisco das Chagas, São Lázaro, Menino Jesus e Nossa Senhora dos Navegantes na zona sul da cidade; Menino Jesus de Praga, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora de Nazaré, São Geraldo e São Lourenço na zona centro-sul; São Bento, Santa Clara, Santa Mônica, São Francisco e São Paulo Apóstolo na zona norte; Cristo Libertador, Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, Nossa Senhora da Glória, São Raimundo Nonato, Santo Agostinho, Santo Antônio, Santa Luzia, São Jorge e São Vicente de Paulo na zona oeste; Nossa Senhora Auxiliadora, Cristo Redentor, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, Santa Cruz, Santa Teresinha, Santo Afonso Maria de Ligório e Ponta Negra na zona centro-oeste da cidade; as paróquias Divino Espírito Santo, Nossa Senhora Mãe dos Pobres, Nossa Senhora das Graças, São José Operário, Domingos Sávio e Santos Mártires na zona leste, além de diversas comunidades.
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja de Deus Pentecostal do Brasil, Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja Batista, a Assembleia de Deus, a Comunidade Casa de Oração, o Ministério Internacional da Restauração, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Universal do Reino de Deus, as Testemunhas de Jeová dentre outras. Há um considerável avanço dessas igrejas, principalmente na periferia da cidade.
O Templo de Manaus, o primeiro templo operado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na região Norte e o sexto no Brasil, está em construção desde 2007 . Foi o primeiro templo Mórmon construído na Amazônia. O templo inclui um centro de visitantes aberto ao público. No Brasil, além de Manaus, apenas São Paulo, Recife, Campinas, Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza possuem um templo mórmon.
|
O poder executivo da cidade de Manaus é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários municipais, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.
O poder legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 38 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 33 e máximo de 41 para municípios com mais de um milhão de habitantes e menos de cinco milhões). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o Orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.
O prefeito atual de Manaus é Amazonino Mendes (PTB). O presidente da câmara municipal é o vereador Luiz Alberto Carijó (PTB). Manaus possui atualmente, 38 vereadores na Câmara Municipal de Manaus.
|
|
|
Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais da Prefeitura de Manaus, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros.
A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações.
|
A Região Metropolitana de Manaus (RMM), que conta com 2 006 870 habitantes (conforme contagem populacional do IBGE em 2008), é uma região metropolitana brasileira que reúne oito municípios do estado do Amazonas, porém sem conurbação. Em agosto de 2007 foi deflagrado o processo licitatório para as obras de construção da ponte sobre o rio Negro, que ligará a capital Manaus ao vizinho município de Iranduba (D.O.U., de 15.8.2007). A referida ponte permitirá uma maior integração entre os municípios que compõem a RMM. Entretanto, a Região Metropolitana de Manaus é a décima-segunda maior aglomeração urbana do Brasil e a segunda maior da Região Norte. A região metropolitana da cidade é o 222º maior aglomerado urbano do mundo.
Subdivisões de Manaus
|
||
Localização | População | Nº de bairros |
Zona | est. de 2008 | Bairros (somente oficiais) |
Norte' | 554.723 | 12 |
Sul' | 317.582 | 18 |
Centro-Sul | 153.694 | 6 |
Oeste | 218.485 | 13 |
Centro-Oeste | 141.068 | 6 |
Leste | 555.649 | 13 |
Manaus divide-se em sete regiões: Norte, sul, centro-sul, leste, oeste, centro-oeste e a rural.
A região leste da cidade é a maior em extensão territorial e a mais populosa, com aproximadamente 600.000 habitantes (2007). Porém, é a região norte da cidade que possui o maior índice de crescimento populacional e habitacional nos últimos anos, além de possuir o maior bairro da cidade, a Cidade Nova.
A região centro-sul manauense é a de maior renda per capita, abrigando grande parte dos centros comerciais da cidade. Também é a menor região da cidade em extensão territorial.
O primeiro bairro criado em Manaus foi o Educandos. Somente a partir daí as demais áreas da cidade passaram a receber ocupação humana, com a chegada de migrantes e pessoas vindas de outras regiões do Brasil.
Manaus possui o maior bairro da região norte brasileira, o bairro Cidade Nova, que possui 264.449 habitantes, mas estima-se que sua população ultrapasse os 300.000 habitantes. A Cidade Nova é maior que todos os municípios do interior do Amazonas.
Com a permanência e o fortalecimento da Zona Franca de Manaus, a cidade começou a receber investimentos e constantes migrações de pessoas de várias regiões do país. Assim, inúmeros bairros foram surgindo na cidade, muitos a partir de invasões de terra.
Com a publicação da Lei n° 1.401/10, de 14 de janeiro de 2010, o mapa geográfico de Manaus ganhou sete novos bairros oficiais, resultado da divisão dos três maiores bairros da cidade em extensão territorial. O primeiro bairro criado através da lei foi o Distrito Industrial II, resultado da divisão do bairro Distrito Industrial. O Distrito Industrial II integra a zona leste da cidade. Outro bairro criado a partir da lei é o Tarumã-Açú, originário da divisão do bairro Tarumã, que até então era o maior bairro da cidade. Com a modificação, o Tarumã passou a ser o quarto maior bairro em área territorial.
A Cidade Nova, o bairro mais populoso, também foi dividido e originou três novos bairros: o Nova Cidade, que ainda não era reconhecido como bairro oficial, e o Novo Aleixo e Gilberto Mestrinho, que receberam o status de bairro oficial. Sendo assim, a Cidade Nova deixou de ser o terceiro maior bairro da cidade e perdeu uma área de mais de 3.705 hectares. Por fim, a comunidade Lagoa Azul, também foi reconhecida como bairro através da Lei.
Manaus é dividida em administrações regionais (administrações criadas pelas secretarias municipais, porém tais administrações não possuem status de subprefeituras), que organizam os bairros da cidade. Essas divisões foram feitas principalmente nas duas regiões mais populosas da cidade, a zona norte e zona leste.
|
![]() |
|
Manaus é um dos maiores centros industriais do Brasil. As mais importantes indústrias da cidade atuam na área de transportes e comunicações. A energia proveniente do gás natural da região possibilita a algumas áreas o crescimento no setor industrial, visando a exportação. Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas, como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos. A cidade apresentou estabilidade econômica e industrial no último semestre de 2009 , sendo responsável por 98% da economia do Amazonas, enquanto este responde por 55% da economia da Região Norte do Brasil.
A maior parte das fábricas e indústrias estão localizadas no Distrito Industrial, ao sul da cidade.
Manaus é o maior centro industrial brasileiro de fabricação de eletrônicos, que inclui desde celulares até televisores e computadores modernos. Além da atuação de eletrônicos, outra indústria que vem ganhando destaque na cidade é a da construção. Outras indústrias na cidade são a produção de tecidos, produtos químicos e alimentícios.
O gasoduto Coari-Manaus, que leva o gás natural da província do Urucu em Coari, já opera comercialmente. O gasoduto tem 670 quilômetros de extensão e deverá transportar, em sua primeira fase de operação, 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A principal finalidade do insumo é a produção de energia elétrica em termelétricas, para atender a cidade e municípios vizinhos.
O desenvolvimento rápido de Manaus para uma cidade de grande porte deu-se principalmente através da dispersão das indústrias na área industrial da cidade. Apesar de a indústria ainda responder por grande parte da economia da cidade e também do Amazonas, a sua importância, nos últimos anos, diminuiu significativamente. O responsável por isso é o crescimento de outras áreas econômicas, como a construção civil, turismo, desporto e serviços.
A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é um centro financeiro (o principal da região norte do Brasil) implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social dessa região ao país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras. A mais bem-sucedida estratégia de desenvolvimento regional, o modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá) desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas populações. Recentemente o Polo Industrial de Manaus garantiu parcerias com a República Checa.
Variedades de opções de entretenimento podem ser encontrados por Manaus. Além das clássicas conhecidas zonas comerciais, a cidade possui vários centros comerciais, algumas das quais são adjacentes às ruas. Teatros tradicionais, cinemas, bares com Karaokê, discotecas, pistas de boliche e uma abundância de opções de compras proporcionam lazer para os habitantes e turistas. A cidade possui um comércio bem diversificado, bastante influenciado pela Zona Franca de Manaus, com destaque para os produtos produzidos no PIM. Também é notável o artesanato de Manaus e região, com influência direta dos nativos indígenas e os caboclos. A comercialização dos produtos artesanais é feita em praças do Centro Histórico da cidade, e também em hotéis de selva localizados na Grande Manaus. O comércio popular é muito comum em bairros de baixa renda situados nas zonas leste e norte. A maior área de comércio popular localiza-se entre os bairros de São José Operário, Amazonino Mendes e Jorge Teixeira, especificamente na Feira do Produtor e Feira do Mutirão. A cidade também possui áreas de comércio mais luxuosas, situadas principalmente na zona centro-sul da cidade. Shoppings Centers na cidade também são uma das maiores opções de compras, com destaque para o Manauara Shopping e o Amazonas Shopping, sendo o Manauara Shopping o maior shopping center da região norte brasileira.
Na subúrbio da cidade também são encontradas diversas áreas comerciais de origem popular, com destaque para a feira do mutirão, feira do produtor e feira da panair.
Localizada na área ribeirinha de Manaus, a refinaria pertence atualmente à Petrobras. Possui capacidade instalada para 46 mil barris/dia. Com o nome de Companhia de Petróleo da Amazônia, a refinaria foi instalada às margens do Rio Negro por Isaac Benaion Sabbá em 6 de setembro de 1956, porém a sua inauguração oficial ocorreu apenas em 3 de janeiro de 1957, tendo sido inaugurada por Juscelino Kubitschek, visando estimular a região que ainda sentia os efeitos negativos da crise da época da borracha. Em 1971, a Petrobras assumiu o controle acionário da companhia, que passou a se chamar Refinaria de Manaus (Reman). Em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, em 1997 a Petrobras rebatizou-a como Refinaria Isaac Sabbá - UN-Reman. Seus principais produtos e distribuídos são gás de cozinha, gasolina, querosene, querosene de aviação, diesel, óleos combustíveis, asfaltos e álcool.
O município de Manaus concentra quase toda a sua população na área urbana, tendo, portanto, uma reduzida atividade no setor primário. A pouca atividade agropecuária se concentra ao longo das rodovias BR-174 e AM-010.
Em relação à agricultura, têm crescido muito as plantações de soja. Além da soja, outras culturas muito comuns na região são o arroz, o guaraná, a mandioca, o cacau, o cupuaçu, o coco e o maracujá. O Extrativismo vegetal - uma atividade econômica ainda muito marcante na região - já foi mais expressiva na cidade, porém, perdeu importância econômica nos últimos anos, principalmente após a instalação do Polo Industrial de Manaus em 1967. Atualmente a madeira é o principal produto extrativo do município.
Manaus foi uma das primeiras cidades brasileiras a possuir o AmazonBus, veículo oferecido aos turistas que visitam à cidade, aos moldes de veículos turísticos que já operam em cerca de setenta cidades turísticas do exterior. O AmazonBus percorre 40 pontos turísticos manauenses. Dentre os incluídos no roteiro, estão o Teatro Amazonas e a Praia da Ponta Negra. A região recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009. Um estudo realizado em 2010 pelo FECOMERCIO - Federação de Pesquisas Empresarias do Amazonas - revelou que aproximadamente 39,7% dos turistas nacionais que visitam Manaus desaprovam o transporte público oferecido na cidade. Além do transporte público, outros problemas também foram apontados pelos turistas nacionais, como asfaltamento (38,7%) e telecomunicações (23,9%). O turismo estrangeiro apontou como principal fator negativo na cidade o asfaltamento, com 30,7%. De maneira geral, o turismo em geral foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.
Manaus tem uma série de instituições de ensino, incluindo algumas das maiores universidades do Norte do Brasil. A cidade também possui um grande número de escolas primárias e secundárias. A prefeitura da cidade, através da Secretaria Municipal de Educação, mantém 424 escolas no município. Em 2009, Manaus foi uma das cidades brasileiras com maior número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com 93.112 inscritos, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (110.979), Salvador (131.468) e São Paulo (234.173).
A cidade é um importante centro educacional de nível médio e superior do estado do Amazonas, sendo sede do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), que oferece cursos em diferentes níveis: ensino médio e ensino técnico. Concentra, ainda, a maior parte das faculdades públicas e particulares do estado. As principais são:
Para garantir a prestação de serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde da população, Manaus conta com 9.299 servidores e ainda com uma rede composta por 1 maternidade, 1 central SAMU-192 com oito bases descentralizadas (18 ambulâncias de suporte básico, 05 de suporte avançado e duas ambulanchas de suporte avançado), um SOS social, dez serviços de pronto atendimento (SPAs), oito policlínicas, um centro de referência em saúde do trabalhador, um serviço de fisioterapia, três centros de especialidades odontológicas, dois centros de apoio diagnóstico distritais, um laboratório de citopatologia, um laboratório de vigilância em saúde, um centro de controle de zoonoses, uma central de medicamentos, 46 unidades básicas de saúde, três módulos de saúde da família, 20 postos de saúde rural e 158 unidades básicas de saúde da família, todas distribuídas nos distritos de saúde norte, sul, leste, oeste e rural.
A cidade tem 24 hospitais. O Ministério da Saúde investe cerca de R$ 100 milhões na região para combater os casos de malária. A meta é reduzir em 50% os registros de malária nesses 47 municípios, que foram responsáveis pela transmissão de quase 70% dos casos da doença no Brasil em 2007. A região responde por 99% dos casos de malário do país. A mortalidade infantil é de 22,7 por mil habitantes, enquanto a média nacional é de 29,2 por mil habitantes. É referência na Região Norte do Brasil em tratamentos de câncer. Abaixo temos alguns hospitais de Manaus:
|
|
|
O crescimento da taxa de incidência da Aids em Manaus foi de 149,1% de 1997 a 2007. Na lista das 39 cidades brasileiras com 500.000 habitantes ou mais que apresentaram crescimento na taxa, Manaus ficou na 5ª posição, ficando atrás de Belém (230%), Teresina (254%), São Luís (272,1%) e Ananindeua (380%).
Segundo o Ministério da Saúde, no ranking das capitais, Manaus apresenta a sexta maior taxa de incidência da aids, com 33,1 casos por grupo de 100.000 habitantes. Porto Alegre lidera o ranking, com uma taxa de 111,5, seguida de Florianópolis (57,4) e Porto Velho (38,1).
Manaus recebe sinais de televisão aberta de várias emissoras brasileiras, além de ser sede da Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo. Foi fundada em 30 de setembro de 1968, sendo a mais antiga emissora afiliada da Região Norte do Brasil..
A cidade também possui a Rede Calderaro de Comunicação, que veicula a TV A Crítica, afiliada da Rede Record; a TV Bandeirantes Manaus - antiga TV Rio Negro - emissora da própria Rede Bandeirantes; a TV Em Tempo, afiliada do SBT; TV Cultura do Amazonas, afiliada à TV Brasil; e TV Boas Novas Manaus, afiliada à Rede Boas Novas.
Por força da Constituição Federal do Brasil, a Guarda Municipal de Manaus possui a função de proteger os bens, serviços e instalações públicas. Ainda, atendendo o interesse público e no exercício do seu poder de polícia, atua na prevenção e repressão de alguns crimes, especialmente contra bens e serviços públicos, podendo inclusive prender em flagrante delito os infratores e conduzi-los até a presença de um delegado de polícia, de acordo com o disposto na lei processual penal.
Manaus ocupa a 2ª posição na lista das cidades mais violentas do Norte do Brasil. Entre as capitais, é a oitava menos violenta, registrando, em 2006, índices de homicídios superiores apenas aos de Boa Vista, Palmas, Natal, São Paulo, Goiânia, Rio Branco e São Luís A taxa de homicídios na capital amazonense também é substancialmente menor que a de outras metrópoles como Recife (90,9), Curitiba (49,3) e Belo Horizonte (49,2), e inferior à do Rio de Janeiro (37,7). Índices de criminalidade, como o homicídio, têm diminuído continuamente por 8 anos. Em novembro de 2009, o Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram uma pesquisa que apontou Manaus como a sétima capital brasileira mais insegura para jovens. A cidade teve um índice de vulnerabilidade considerado médio (0,433). Na região Norte, foi superada por Porto Velho (0,483), Belém (0,458) e Macapá (0,455). A nível nacional, a cidade ocupou a 59ª posição entre todos os municípios.
O Exército Brasileiro, desde 1949, conta com aproximadamente 1000 homens no então Comando de Elementos de Fronteira . Dispõe, hoje, no atual Comando Militar da Amazônia, criado em 1969 e desde então sediado em Manaus, de um efetivo aproximado de 22 mil homens que têm como missão principal guarnecer o arco amazônico de fronteiras, com 11.248 quilômetros, acrescidos de 1.670 quilômetros de litoral.
Além das operações militares propriamente ditas, cabe ao Exército, na Amazônia, cooperar no desenvolvimento de núcleos populacionais mais carentes, na faixa de fronteira. Assim é que, em todos os pelotões de fronteira, funcionam normalmente escolas de primeiro grau e subordinadas ao Comando Militar de Tabatinga temos escolas de primeiro e segundo graus.
Manaus possui uma frota de mais de 400 mil veículos . O congestionamento de veículos na cidade é recorrente, principalmente, mas não restrito, aos horários de pico. Desde 2008, a Prefeitura adota medidas paliativas para amenizar os problemas causados pelo trânsito, como a restrição de estacionamentos (Zona Azul) e de circulação de caminhões e veículos de carga. O recorde de congestionamento da cidade foi o de 6 km, em julho de 2007.
Hoje, como medidas para solucionar o problema do trânsito, estuda-se a construção do metrô de superfície, a construção de mais corredores de ônibus, o alargamento da Avenida Torquato Tapajós e da Alameda Cosme Ferreira. Em dezembro de 2009, foi inaugurado pela prefeitura da cidade o Viaduto Efigênio Sales. Em janeiro, foi inaugurado o Complexo Viário Gilberto Mestrinho, que interliga as zonas leste, sul e centro sul. Há ainda, a construção da Avenida das Torres, planejada para interligar as zonas norte, leste e sul da cidade.
A utilização de bicicletas como meio de transporte na cidade é bastante reduzida. O relevo acidentado e a falta de ciclovias inibem o crescimento do uso do transporte. As ciclovias só são encontradas em pontos estratégicos da cidade. O Parque Ponte dos Bilhares possui a maior rede de ciclovia do município, também sendo a mais frequentada pelos ciclistas. A Praia da Ponta Negra também possui uma considerável rede de ciclovia.
A cidade de Manaus sofre com um problema bem comum relativo às metrópoles brasileiras: o grande congestionamento de carros em seus principais logradouros.
O transporte coletivo, no entanto, ainda representa um papel fundamental no dia-a-dia da metrópole. Manaus possui uma grande estrutura de linhas de ônibus itinerários e coletivos. Para facilitar o transporte na cidade, a prefeitura permite a atuação de micro-ônibus, vans e lotações nas regiões norte e leste da cidade. Antes, as vans e lotações funcionavam clandestinamente, porém a prefeitura da cidade recadastrou-as e foram organizadas em cooperativas e associações. O transporte coletivo de passageiros em vans ou peruas é proibido em Manaus. A atuação de perueiros e vans clandestinas é mais intensa nas regiões norte, leste e oeste da cidade. Atualmente, estima-se que há apenas 7% de clandestinos circulando nessas regiões, principalmente nos horários de grande congestionamento, pela parte da manhã e noite. Na região leste, todos os bairros que pertencem à região são beneficiados com o transporte terceirizado, por se tratar de uma região com população superior aos 500 mil habitantes. Agora, na região norte de Manaus, apenas a Cidade Nova e alguns bairros próximos são beneficiados com o transporte alternativo de vans, por se tratar de um imenso bairro com população superior aos 300 mil habitantes.
O transporte fluvial na cidade é muito comum. A cidade conta com um grande e movimentado porto, que atende a quase toda a região Norte. O Porto de Manaus localiza-se na costa oeste do Rio Negro, na zona central da cidade de Manaus e atende aos estados do Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre e áreas do Norte do Mato Grosso. O Porto de Manaus é um dos maiores portos fluviais do Brasil, o maior porto da Amazônia e o terceiro maior porto exportador do país. Desde 3 de dezembro de 2009, o Porto de Manaus está fechado por ordem da Marinha Brasileira, por questões de segurança e estrutura.
O valor da passagem do transporte coletivo em Manaus é de R$ 2,10, sendo um dos maiores valores dentre as capitais brasileiras. O Sistema de Transporte Coletivo por ônibus em Manaus transporta diariamente cerca de 700 a 800 mil pessoas e abrange quase 300 linhas itinerárias exploradas apenas por uma empresa, a TransManaus. Será construído em Manaus um Monotrilho. Terá 20 km de extensão quando pronto, de acordo com o seu projeto. Ainda de acordo com o projeto, o monotrilho terá como principal finalidade ligar a Zona Leste da cidade com o Centro Histórico, tendo como sua primeira etapa o bairro Jorge Teixeira e Cidade Nova. As obras ainda não foram iniciadas.
De acordo com o estudo "Espacialidade Urbana" feito pelas Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 50% da população manauense utiliza o transporte público, enquanto 30% utilizam o veículo particular e o restante faz uso da bicicleta e da caminhada para locomoção na cidade. Em contrapartida, 81% do espaço viário são ocupados por carros, contra 13% ocupados com ônibus.
O Aeroporto Internacional de Manaus - Eduardo Gomes, que serve Manaus, tem características que o equiparam em qualidade aos melhores e mais modernos aeroportos do mundo, sendo capaz de comportar qualquer tipo de avião comercial ou militar em operação ou em projeto, hoje e nos próximos anos. Pode-se dizer que o Aeroporto Internacional de Manaus - Eduardo Gomes representa para o Amazonas o elo de seu desenvolvimento e integração com o resto do Brasil e do mundo, devidamente administrado por uma organização destinada a proporcionar alto padrão de eficiência dos seus serviços e cobertura de seus custos operacionais. O aeroporto foi inaugurado no governo de Henoch da Silva Reis.
O aeroporto está situado a 14 quilômetros do centro da cidade de Manaus, possui uma pista para pouso e decolagem com 2.700m por 45m de largura (com duas cabeceiras de nºs 10 e nº 28), dois Terminais de Carga Aérea (sendo o Terminal de Carga Aérea I inaugurado em 1976, juntamente com o Aeroporto e o Terminal de Carga Aérea II inaugurado em 1980), seis pontes de embarque/desembarque (sendo cinco fixas e uma móvel), sete hangares, três salas de desembarque doméstico e uma de desembarque internacional, seis salas de pré-embarque doméstico e duas salas de pré-embarque internacional, dois terminais de passageiros (sendo um para aviação regular e outro para aviação geral), estacionamento com vagas para 341 veículos (distribuídas em onze corredores) e nove guaritas de segurança. O Aeroporto recebe cerca de 1,4 milhão de passageiros anualmente, é o maior e mais movimentado aeroporto da região Norte do Brasil, além de ser o terceiro no Brasil em movimentação de cargas segundo dados oficiais da Infraero para o ano de 2009.
Existe uma rodoviária em Manaus, empresas de ônibus fazem rotas da capital para cidades do interior, e para as capitais Boa vista e Porto Velho. As principais rodovias são:
Com previsão para ser concluída em 2010, está em construção uma ponte sobre o Rio Negro, na rodovia AM-070, ligando Manaus a Iranduba. Terá comprimento de 3.505 metros, incluindo rampas de acesso e 73 vãos com aproximadamente 45 metros entre pilares. O trecho estaiado de 400 metros nos dois maiores vãos da ponte terá 200 metros de comprimento. A largura total da ponte será de 20,70 metros, com quatro faixas de tráfego e passeio para pedestres em ambos os lados da pista.
Nos últimos dez anos, o transporte via ônibus perdeu usuários para demais meios, especialmente o transporte alternativo. Ainda assim, são cerca de 800 mil usuários/dia apenas nas linhas municipais, onde apenas uma empresa trabalha no setor, a Transmanaus Sociedade de Propósito Específico LTDA - uma sociedade formada por nove empresas.
A frota de Manaus era composta em 2008 por 285.895 automóveis e camionetes, 74.709 motocicletas, 8.764 ônibus e micro-ônibus e 30.886 caminhões Chamado Executivo ou Alternativo, o transporte pelas vans só pode ser efetuado em determinadas regiões da cidade. Na região leste, os Executivos e Alternativos circulam livremente, sendo que o preço do Executivo é de R$ 3,00, enquanto nos Alternativos o passageiro paga R$ 2,10. Nas outras regiões da cidade, somente o Alternativo tem autorização para circular. Os veículos devem ser todos credenciados junto a prefeitura e os condutores devem portar o(s) contratos.
Os táxis são padronizados, de cor branca nas laterais e alguns detalhes em preto nos pára-choques. A cidade possui uma frota grande de veículos, categorizados como comum, especial ou para deficientes. O órgão fiscalizador é a prefeitura, sendo a Gerência de Táxi e transporte comercial o responsável pela operacionalidade do sistema.
A cidade tem uma razoável rede de ciclovias que, basicamente, interliga os parques e logradouros da cidade. No entanto, alguns críticos apontam que tal sistema é voltado unicamente para o lazer, não havendo um número suficiente de ciclovias para uso laboral, permitindo que trabalhadores e estudantes possam se deslocar de bicicleta e sujeitando-os a riscos por trafegarem nas pistas veiculares ou nas canaletas de ônibus expressos.
O sistema de ônibus de Manaus é operado pela empresa TransManaus, com quatro configurações primárias de ônibus disponívels servindo a área territorial da cidade. Manaus possui cinco grandes terminais expressos. Os grandes terminais de ônibus são:
Segundo dados do Ministério das Cidades, o município apresentava até 2006 um déficit de aproximadamente 68.483 unidades habitacionais. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente 300 mil cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações precárias . A prefeitura mantém a desapropriação de moradias situadas à beira do igarapé do mindu. A implantação de um Corredor Ecológico também está em construção no local, obra que ligará as norte e centro-sul à zona leste.
Além da dualidade centro-periferia que explicita em parte a desigualdade social na cidade, também notam-se pontos em que o contraste é visível e grupos de perfis de renda diversos convivem, como é o caso de bairros como Cidade Nova, Aleixo e São José, que apresenta conjuntos de habitação de alta renda localizados próximos a regiões de favela.
Mas outros especialistas lembram que a área da Avenida Torquato Tapajós era pouco habitada, devido ao terreno encharcado e insalubre daquela região próximo ao fim da área urbana. A população construía suas moradias no bairro situado mais acima, a Santa Etelvina. A ocupação da avenida se processou após ocorrerem investimentos imobiliários particulares que consistiam na construção de diversos condomínios e escritórios, que mudaram o perfil daquela região. O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) firmaram um termo com o objetivo de viabilizar projetos de infraestrutura para Manaus, sobretudo para o programa de revitalização do Centro de Manaus.
Devido à crescente degradação do centro da cidade, alguns projetos de reurbanização, requalificação e revitalização têm sido sugeridos. Bairros situados fora do centro expandido como Japiim, que anos atrás abrigavam uma população pobre e operária, e nos quais há poucos anos havia falta de infraestrutura, sofreram uma grande mudança econômica. Hoje tais bairros dispõem de equipamentos comerciais e de algum investimento infraestrutural. Outros estudiosos creditam ao grande crescimento econômico ocorrido na década de 1970 (apelidado de "milagre econômico") e com a chegada de milhares de migrantes, nordestinos e paulistas em grande parte, à procura de melhores condições de vida a causa dos problemas de segregação.
Atualmente, Manaus possui apenas 80% de coleta e tratamento de esgoto sanitário. Atualmente a cidade conta com 36 estações de tratamento de água e esgoto, dos quais 25 estão em operação, duas desativadas e nove sem funcionamento.
O abastecimento de água na cidade é realizado pela empresa Águas do Amazonas. A distribuição de energia elétrica é realizada pela empresa Amazonas Energia.
A cultura do município, assim como do Amazonas, foi largamente influencidada pelos povos nativos da região e pelos diversos grupos de imigrantes e migrantes que ali se estabeleceram, principalmente espanhóis. Manaus tornou-se uma cidade com ampla miscigenação cultural e diversificadas culturas. Os nordestinos que migraram para a Amazônia no fim do Século XIX e início do Século XX, atraídos pelo Ciclo da Borracha, também contrbuíram para a formação da cultura municipal. Tudo isso gerou em Manaus uma cultura mestiça e com grande contribuição e permanência da cultura indígena. Manaus possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculos. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, o Teatro Amazonas - um dos mais belos teatros da América Latina - a Universidade Federal do Amazonas a primeira universidade criada no Brasil, no ano de 1909, antes chamada de Escola Universitária Livre de Manaós - o Museu do Homem do Norte - o maior museu do Norte do país que divulga a identidade étnica cabocla.
A culinária manauara é caracterizada pela utilização de uma grande variedade de peixes provenientes da própria bacia do rio Amazonas. Entre os destaques, podemos encontrar o "pirarucu de casaca" feito com o peixe pirarucu e banana pacovã, o tambaqui grelhado, ou a famosa caldeirada de tambaqui, muito popular entre os habitantes. Outros peixes como pacu, matrinchã, curimatá e jaraqui, também são de grande apreço da população. Manaus é uma das maiores cidades mundiais em consumo de proteína animal (peixe). Cerca de 14% de sua população consome proteína animal (peixe) por dia.
A tapioca, tipo de crepe feito com goma de mandioca, é altamente consumida em cafés regionais e pode ser consumida com queijo, tucumã, coco etc.
Ingredientes como coentro, cominho, óleo de dendê, tucupi, pimenta de cheiro, além da farinha de mandioca, também denominada de farinha d'água ou amarela, são frequentemente utilizados. Uma grande variedade de frutas da região também são bastante apreciadas na cidade, como a graviola, o cupuaçu, o açaí, o jenipapo, o bacuri, a pupunha, o abiu e o tucumã.
Na música, os destaques da capital são: o boi-bumbá, o forró, o samba e a ópera.
Manaus conta ainda com uma das noites mais movimentadas do Brasil em termos de festas e eventos de todas as naturezas. Casas noturnas abrem as portas de segunda a segunda.
Há também a presença de várias bandas locais nas noite de Manaus.
Bandas que se destacam entre os jovens são disputadas por donos de casas noturnas e tornam-se sucesso até mesmo em outros estados. Alguns exemplos são a JukeBox (rock-pop), Zona Tribal (rock alternativo), Soda Billy (jazz, blues, rock), Tulipa Negra (jazz, blues), Casulo (reggae), Jonhy Jack Mesclado (reggae), Belladona (rock em geral), Rádio Ativa (rock nacional), Glory Opera (power metal), Mortificy (Death metal), Snatch (Metal alternativo), entre outras.
Durante os meses de abril e maio acontece o Festival Amazonas de Ópera, com a montagem de obras famosas, envolvendo artistas renomados e com apresentações no Teatro Amazonas e no Largo de São Sebastião.
Todos os anos, Manaus é sede do Amazonas Film Festival, promovido pelo governo do estado e com a participação de atores das Rede Globo, Record e atores de Hollywood. O Amazonas Film Festival é um festival internacional que destaca filmes de aventura em todas as suas manifestações. Esses filmes retratam, em grande parte, a realidade amazônica, principalmente amazonense. Filmes produzidos que abordam várias temáticas em relação à Amazônia, principalmente no quesito desmatamento
O Liceu de Artes e Ofício Cláudio Santoro e a Universidade do Estado do Amazonas são algumas das instituições de ensino público que oferecem cursos na área de artes cénicas.
A cidade possui grandes museus. Os principais são:
O evento de moda de maior destaque em Manaus é o Estética & Moda, que é realizado anualmente. O evento tem por objetivo principal divulgar nacionalmente as marcas e modelos oriundos de Manaus e outras cidades da Amazônia. É o maior evento de moda da Região Norte do Brasil e recebe a presença de inúmeros artistas de diversas regiões brasileiras. O evento já contou com a participação de atores nacionalmente conhecidos como Malu Mader e Kayky Brito. Há também outros eventos de moda de menor destaque.
Também merece destaque a produção de jóias a partir de sementes da Amazônia e pedras semi-preciosas (ametistas, quartzo), famosa nacionalmente e internacionalmente. As jóias deste material produzidas em Manaus são facilmente encontradas na Praça Tenreiro Aranha, no Centro de Manaus. Também são encontradas no Tropical Hotel e no Museu Castelo Branco, no bairro Parque 10 de Novembro.
Manaus realiza diversos eventos todos os anos. Alguns já são bem conhecidos pela população local. O Carnaval de Manaus é um dos maiores da Região Norte Brasileira. Desde 2002, Manaus realiza a Feira Internacional da Amazônia, evento que trata sobre problemas ambientais e que conta com a participação do governo federal, governos dos estados da Amazônia e representantes de diversos países.
No futebol, os principais clubes de Manaus e do Amazonas são o Nacional Futebol Clube, tendo sido fundado no dia 13 de janeiro de 1913. A sua sede por muito tempo ficou estabelecida na Rua Saldanha Marinho, no Centro Histórico de Manaus. Décadas depois, houve a definitiva localização na rua São Luís, no bairro Adrianópolis. O Nacional fez a primeira partida Oficial do Primeiro Campeonato Amazonense de Futebol no dia 8 de fevereiro de 1914 contra o Manaós Sporting. Conseguiu entre 1916 e 1920 um inédito pentacampeonato amazonense. Anos mais tarde, o termo "Onde tem taça é do Naça" ganhou mais força com os inúmeros títulos regionais do clube de futebol.. O "Naça" , assim como é comumente conhecido pelos amazonenses, tem como símbolo um "Leão azul". É o Clube com maior quantidade de títulos estaduais, tendo conquistado 40 títulos. Grande revelador de talentos, fez surgir uma gama de estrelas do futebol nortista, tais como Marcolino, Gatinho e Paulo Onety, na época do amadorismo da FADA (Federação Amazonense de Desportos atléticos). No final da Década de 1960, especificamente em 1969, o Nacional teve a primazia de fazer uma partida preliminar do jogo entre a Seleção Brasileira (que viria a ser tri-campeã mundial no México em 1970) e a Venezuela, em jogo válido pelas eliminatórias.. Nesse jogo amistoso, o Nacional enfrentou o Maringá, onde venceu o time por 1 x 0.
Com a sua tradição de conquistas, na Década de 1970 conseguiu um inédito hexacampeonato (1976-1981). Jogadores como Alfredo Mostarda, Antenor (campeão brasileiro em 1977 com o São Paulo Futebol Clube) também fizeram parte do time. Em 1984 o Nacional fez uma excursão ao Marrocos no Norte da África, onde participou da Copa do Rei Fayhad, sagrando-se campeão. Antes porém, em 1980 foi campeão da Taça do Pacto Amazônico, que reuniu equipes como Fast Clube, Tuna Luso, Milionários (Colômbia), Alianza e Cristal (Peru), dentre outras equipes sulamericanas.
Temos ainda o São Raimundo Esporte Clube, fundado em 18 de novembro de 1918, participante da Série B do Campeonato Brasileiro de 2000 a 2006, quando foi rebaixado. O clube de futebol foi sete vezes campeão amazonense, três vezes campeão da Copa Norte, devido à sua ascensão teve um grande aumento de torcedores, sendo assim o segundo de maior torcida dentre os grandes do Amazonas, participar de uma Copa Conmebol e tendo assim seu nome lembrado fora do país..
Existem ainda o Atlético Rio Negro Clube, também fundado em 1913, no mês de novembro, que é o segundo maior detentor de títulos estaduais; e o Nacional Fast Club, fundado no início dos anos 1930 a partir de uma dissidência do Nacional Futebol Clube, três vezes campeão da Copa Norte, que já conquistou seis campeonatos amazonenses, além de ter sido Campeão do Norte e vice-campeão do Norte-Nordeste em 1970. Além do Estádio Ismael Benigno, conhecido como Estádio da Colina, que tem capacidade para 18 mil pessoas, (hoje em precário estado de conservação) o maior estádio do Amazonas é o Estádio Vivaldo Lima, que foi inaugurado em 1970 pela Seleção Brasileira, em seu último jogo no território nacional antes da conquista do tricampeonato mundial no México, e que pode receber até 38.000 torcedores.
No dia 31 de maio de 2009, Manaus foi escolhida como uma das 12 subsedes brasileiras da Copa do Mundo FIFA de 2014 e sediou nos dias 22, 23 e 24 de abril, o 1º Simpósio Internacional de Operações Especiais, que visa preparar o Brasil para a segurança da Copa do Mundo FIFA de 2014
Manaus é uma das únicas cidades do Brasil a realizar a Copa Indígena, evento esportivo que tem como alvo os Povos Indígenas do Amazonas. A cidade iniciou o evento em 2009, sendo a pioneira no Brasil na socialização indígena. A Copa Indígena consiste na disputa de clubes de futebol formado apenas por índios que disputam entre si.
Nós usamos cookies necessários para fazer o nosso site e sua navegação funcionarem. Também gostaríamos de coletar cookies de análise de desempenho e outros que nos ajudem a fazer melhorias medindo como você usa o nosso site. Política de Cookies.
Você pode aceitar todos os cookies clicando em “Aceitar todos” ou rejeitar os que não são necessários clicando em “Rejeitar cookies não necessários”.
Para visualizar e alterar suas preferências, clique em Definições de cookies.